quarta-feira, 19 de outubro de 2011

“Divinas” em praça pública no Festival de Circo do Brasil


Divinas, o novo espetáculo da Duas Companhias que emocionou e encantou o público no Teatro Barreto Júnior, agora poderá ser vista ao ar livre, em praça pública, de graça, na programação do Festival de Circo do Brasil. Serão duas apresentações, a primeira nesta quinta (20), às 20h, na Praça do Arsenal da Marinha, no Bairro do Recife. Depois tem mais, no sábado (22), às 19h, na Praça do Carmo, em Olinda.
Divinas é uma celebração e apresenta em clima de brincadeira e poesia três figuras contadoras de histórias, na pele das palhaças Uruba (Fabiana Pirro), Bandeira (Odília Nunes) e Zanoia (Lívia Falcão), atravessando tempos e geografias diversas numa caminhada sobre a delicadeza e a força na busca dos sonhos. Tudo em diálogo com a música, a poesia popular e a arte do palhaço. A peça foi mesmo pensada para ser livre e poder ser encenada em qualquer espaço, no palco, nas praças, nas ruas, onde for.
A preparação das atrizes na arte da palhaçaria para encarar o novo espetáculo foi feita pela palhaça e atriz Adelvane Néia, de Campinas. Fazem parte da equipe de dramaturgia o professor, filósofo e poeta Marcelo Pelizzoli, o escritor e poeta Samarone Lima e a jornalista, poeta e dançarina Silvia Góes.
O trabalho de pesquisa para a encenação de Divinas começou em 2010, com a orientação de dramaturgia e direção do espanhol Moncho Rodriguez, que passou quinze dias no Recife num programa de imersão com a equipe e com a participação de Lívia Falcão, Fabiana Pirro e Luciano Pontes como atores-pesquisadores. Depois dos primeiros estudos e ensaios abertos, outros projetos da Duas Companhias foram a razão de um intervalo no trabalho. O retorno efetivo do processo se deu em abril de 2011 e para dar continuidade ao projeto, a Duas Companhias convidou a atriz Odília Nunes para dividir o palco com Lívia e Fabiana. A palhaça Adelvane Néia, de Campinas (SP), foi chamada para conduzir os improvisos e preparar as três palhaças em cena. Marcelo Pelizzoli, Samarone Lima e Silvia Góes foram então convidados para integrar a dramaturgia desta segunda fase de montagem da peça.
O trabalho em conjunto transforma o grupo num grande amálgama de criatividade. A partir das improvisações das três palhaças, os dramaturgos se inspiraram na elaboração do texto, que foi levado de volta às palhaças e novamente trabalhado junto com as figuras. Na construção, Adelvane Néia foi conduzindo como uma maestra os sons da orquestra. A opção pela presença em cena e ao vivo do percussionista Luca Teixeira em diálogo com os atrapalhamentos e poesias das três palhaças foi testada durante os ensaios abertos e afinada para a nova temporada.
A dramaturgia foi construída de um jeito em que o texto e as palhaças em cena fizessem parte de um mesmo ser, sem sobreposições, dando voz e corpo às contadoras de histórias.
Divinas dá continuidade ao movimento em busca de um corpo de mulher no universo do clown, criando uma linguagem própria da palhaça. A integração de Adelvane Néia ao trabalho de pesquisa de Divinas se deu a partir de novembro de 2010, quando, a convite da Duas Companhias, veio ministrar as aulas do projeto “Formação de Mulheres Palhaças em Pernambuco”, com a participação de quinze mulheres.
A clown e atriz Adelvane Néia nasceu no Paraná e se iniciou na arte do palhaço com Luís Otávio Burnier, no Núcleo Interdisciplinar de Pesquisas Teatrais - Lume/Unicamp (1989). Palhaça reconhecida no teatro brasileiro e também internacionalmente, com mais de 20 anos de carreira.
Serviço
Divinas
Quinta (20), às 20h, na Praça do Arsenal da Marinha
Sábado (22), às 19h, na Praça do Carmo
Gratuito

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