sábado, 30 de julho de 2011

Grupo de Teatro Amanhã Eu Digo o Nome OLINDA (PE)

O foi criado em agosto de 2005, hoje filiado a Associação de Teatro de Olinda e ao Movimento de Teatro Popular de Pernambuco, participando assim de eventos realizados por esses órgãos como: ATO AMBULANTE; ATO RELAMPÂGO; TEATRO AMBULANTE, UM MARÇO DE TEATRO; ENCONTRO E MOSTRA DE TEATRO DE RUA DO PAUDALHO. Em 2006 ganhando um prêmio no Festival de Teatro do Escola Aberta, em agosto de 2009 fomos convidados para participar do projeto Dia do Bem Fazer realizado pelo Instituto Camargo Corrêa e coordenado pela Fabrica Alpargatas na cidade de Carpina – PE, em Janeiro de 2009 Participamos do Projeto Janeiro de Grandes Espetáculos e recebemos uma carta de aplausos da Câmara Municipal de Olinda pelo espetáculo apresentado no mesmo.
Em Julho de 2010 Participamos da XXVI Encontro do Movimento Popular Escambo Livre de Rua realizado em Fortaleza, na comunidade do Pici – Fortaleza – CE. No mês de setembro do mesmo ano corrente participamos do IV Novartes e do XXVII Escambo Livre de Rua que aconteceu na cidade de Lucrécia no Rio Grande do Norte.Também Temos nossos próprios eventos são: O Natal com Vovó; Semana da Criança; Nosso projeto maior Festa do Amanhã que comemora o dia de fundação do grupo. Hoje em nosso elenco estão: Emerson Diniz, Alessandro do Nascimento,Keyrollaine Ticyane e Ronaldo Quirino e nossa coordenadora Aldentita Pereira.


Fonte : Portal Pernambuco Nação Cultural

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Cia Máscaras de Teatro encerra temporada no Hermilo neste final de semana


A Cia Máscaras de Teatro encerra sua temporada no Teatro Hermilo Borba Filho, no Bairro do Recife, neste final de semana. Quem ainda não viu, terá a última chance de assistir neste semestre aos dois espetáculos que estão em cartaz no Hermilo desde o início de julho: o denso ODEMAR, inspirado no poema Ode Marítima, de Fernando Pessoa e o infantil PERNA DE PINTO PERNA DE PATO. ODEMAR será apresentado nesta sexta (29) e sábado (30), às 20h e no domingo (31), às 19h. PERNA DE PINTO PERNA DE PATO será encenado no sábado e domingo, sempre às 16h.
HISTÓRIA DA COMPANHIA - Foi no final de 2002 e comecinho de 2003 que os artistas da Cia Máscaras de Teatro arrumaram as malas e chegaram ao Recife, estimulados a encarar o desafio pelo diretor Sebastião Simão Filho, que na época tinha 38 anos. Nascido no ano 2000 em Petrolina, o grupo decidiu pegar a estrada com o sonho de viver da sua arte. Deu certo. É verdade que alguns integrantes desistiram, outros migraram para outros grupos, por alguns momentos o trabalho até parecia ter morrido, mas novos alunos entraram, se formaram, e a companhia continua viva até hoje.
O paraibano Sebastião Simão Filho, ator, artesão (é ele quem confecciona os bonecos e os cenários das suas peças), produtor e diretor se descreve como um amante do teatro e da literatura. Fez um curso na Europa com Eugenio Barba, ícone do teatro dos séculos XX e XXI, e determinou que levaria a sua arte para gente de todas as idades enquanto estivesse vivo. Atualmente realiza uma série de atividades na Cia Máscaras de Teatro, incluindo oficinas para atores, confecção de bonecos e outras atividades.
Sebastião já dirigiu mais de vinte espetáculos com textos de autores nacionais e estrangeiros (Plínio Marcos, Menott Dell Picchia, Fernando Arrabal, Boris Vian, Bertold Brecht, Oscar Wilde). Entre os espetáculos de bonecos encenados pela Cia Máscaras de Teatro estão FABULÁRIO, PERNA DE PINTO PERNA DE PATO, O BOI E O BURRO NO CAMINHO DE BELÉM, CAUSOS e A REVOLTA DAS CHUPETAS.


ODEMAR

Estava com 17 anos quando se apaixonou por Fernando Pessoa ao ler os versos “Minhas sensações são um barco de quilha pro ar / Minha imaginação uma âncora meio submersa...”. Hoje já na faixa dos “enta” e com uma experiência de vida de mais de duas décadas dedicadas ao teatro, o ator e diretor Sebastião Simão Filho conseguiu transformar em espetáculo o poema que o arrebatou na adolescência. A peça ODEMAR, construída sobre o poema Ode Marítima, de Pessoa, encenado pela primeira vez no Recife em Janeiro de 2010, ganhou este mês uma nova temporada na cidade, no Teatro Hermilo Borba Filho, no Bairro do Recife.
O espetáculo fala do universo mítico e fabuloso, paisagístico e sociológico do mar e o drama humano que se desenrola a partir das metáforas da relação. Com um volante imaginário girando dentro de si, um homem descreve apaixonadamente as coisas do mar como seus velhos brinquedos de sonho. Um indivíduo à beira do cais/caos, misturando tempo e espaço e derramando em gestos e palavras temas como o amor, a loucura, a saudade e a solidão. O corpo e o cenário, concebido e construído pelo próprio Sebastião, funcionam como extensões da atuação. O cenário-palco é “monumental e prático”, como descreve o seu criador: trapézio, piscina com água em cena, contrapesos e um emaranhado de cordas e mastros permitem que o ator, em alguns momentos, esteja bem perto do público, além de ser uma referência à biomecânica e à arte circense.

“Minhas sensações são um barco de quilha pro ar
Minha imaginação uma âncora meio submersa
Minha ânsia um remo partido
E a tessitura dos meus nervos uma rede a secar na praia!”

“A força da metáfora desses versos comprimidos, moídos por uma angústia feito máquina, moenda que quebra cada grão de alento, de suspiro, de esperança, me arrebatou definitivamente. Estava com 17 anos e apenas vi um fragmento do longo poema Ode Marítima, atribuído a Álvaro de Campos, um dos heterônimos de Fernando Pessoa. Somente uns dois anos mais tarde vim a conhecer o poema inteiro, mas ele já estava marcado em mim para sempre”, declara Sebastião Simão Filho.
“O poema seguiu comigo. Tantas e tantas leituras para amigos ou na solidão de palcos desertos, na quietude das madrugadas. Consegui concretizar pequenas aventuras pessoanas como recitais e performances com outros textos. Mais de vinte anos se passaram. Em julho de 2008 achei que deveria considerar a sério o sonho adiado e dei início aos ensaios e à concepção do espetáculo”, relembra.
            Desde a sua apresentação primeira, em janeiro de 2010, ODEMAR já passou por algumas cidades do interior pernambucano, esteve em Juazeiro e entrou na programação do último Janeiro de Grandes Espetáculos, teve temporada no Joaquim Cardozo e já foi visto por mais de 700 pessoas. Segundo Sebastião, como “o poema é um ser vivo”, há mudanças constantes e diz que por isso houve transformações na encenação do espetáculo. “Ele está ficando cada vez mais delicado e os gritos estão ecoando na alma”, diz. “As melhores sensações são ver o público respirando junto e muitas vezes balbuciando o poema. É uma construção que não é só minha e por isso é tão prazerosa. Fernando Pessoa é uma paixão compartilhada por muitos”, completa.
Ator, artesão, produtor e diretor, Sebastião Simão Filho é também o fundador da Cia Máscaras de Teatro.

PERNA DE PINTO PERNA DE PATO

O espetáculo infantil “Perna de Pinto Perna de Pato” faz, através da linguagem dos bonecos, uma viagem pelo mundo das fábulas e seres misteriosos que cuidam das matas, dos bichos e dos rios.
Num diálogo entre bonecos de luva e de vara, a Cia Máscaras de Teatro cria um novo conceito, dando um caráter cênico aos bonecos que tem inspirações também em outras representações teatrais da Europa e do Oriente, além dos tradicionais mamulengos do Nordeste, com uma dramaturgia diferente dos espetáculos conhecidos de fantoches. Dida, Luci e Pituco estão investigando a existência ou não das lendas e dos seres misteriosos quando o avô de Pituco resolve se disfarçar e numa divertida brincadeira provar às crianças que essas criaturas existem. Então, lá do alto do Lendolimpo, o céu das lendas, a bruxa Cricri, o Saci Pula-pula, o extraterrestre Gosma Espacial, Mula-sem-cabeça e outros seres fabulosos decidem aparecer e a confusão está feita, até que São Jorge com seu Dragão entra na história para consertar tudo.
“Tem uma coisa que me apaixona no teatro infantil, é que é um momento de encontro familiar”, diz Sebastião, adiantando que a peça atinge todas as faixas etárias. “Fizemos uma temporada no Teatro Joaquim Cardozo e era maravilhoso ver os adultos se divertindo e se emocionando tanto quanto as crianças. Às vezes tem cinco adultos para uma criança assistindo, de uma mesma família”, comenta.

SERVIÇO:
ODEMAR
Direção, atuação e cenografia: Sebastião Simão Filho
Sonoplastia: Luiz Manoel da Silva e Diego André Lucena
Operação de luz: Renata Alves
TEATRO HERMILO BORBA FILHO
SEXTA E SÁBADO – 20H
DOMINGO – 19H
INGRESSOS: R$ 16,00 E R$ 8,00


PERNA DE PINTO PERNA DE PATO
Teatro Hermilo Borba Filho
Sábado e domingo, às 16h
Ingressos: R$ 10,00 e R$ 5,00
Informações: 8727.7093

Fonte : Cia Máscaras de Teatro/ Silvinha Góes

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Mini-Curso de Iniciação ao Teatro teve início ontem em Belo Jardim

Iniciou ontem um mini-Curso de Iniciação ao Teatro na cidade de  Belo Jardim-PE, promovido pelo Sesc Ler da citada cidade, o curso tem por objetivo ensinar as noções básicas do teatro : exercícios e brincadeiras teatrais, alongamento, aquecimento vocal e corporal, como aprender e decorar um texto teatral, interpretação, concentração; além de teorias sobre as diversas formas de peças teatrais : teatro do absurdo, comédia dell'arte, stand-up, monólogo, leitura dramatizada, teatro mímico, teatro de fantoches. O ministrante do curso é Ellyson Medeiros Martins, que desde 2008 que está envolvido com a arte do teatro na referida cidade, o mesmo concluiu o mesmo curso de iniciação ao teatro, nos anos de 2008/2009, e o curso de teatro avançado, além de ter participado das oficinas : leitura dramatizada, cenografia, dança contemporânea; também participou de várias peças teatrais amadoras na cidade de Belo Jardim e cidades vizinhas.
Abaixo está o link das fotos que estão Orkut do primeiro dia do curso : http://www.orkut.com.br/Main#Album?uid=11312544219786908101&aid=1311746815


- CURSO DE FÉRIAS DO SESC LER DE BELO JARDIM - MINI - CURSO DE INICIAÇÃO AO TEATRO.

De 26 de julho á 26 de agosto, terças e quintas, ás 20:00 ( 8 da noite ), no stúdio de Sabrina Santos, na praça de Padre Cícero.
Inscrições : na Farmácia Torres, na Praça do São Pedro ( antiga Farmácia Central de Uriel ). 
Documentação necessária : RG e CPF.
Valor : R$ 5,00, a ser pago no ato da inscrição.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Teatro de fantoches


Teatro de fantoches, teatro de bonecos ou teatro de marionetes é o termo que designa, no teatro, à apresentação feita com fantoches, marionetes ou bonecos de manipulação, em especial aqueles onde o palco, cortinas, cenários e demais caracteres próprios são construídos especialmente para a apresentação.

História

O Teatro de Bonecos é uma forma antiga de expressão artística orginada por volta de 3 mil anos atrás. Desde então, os bonecos foram usados para animar e comunicar ideias ou necessidades de várias sociedades humanas.
Alguns historiadores defendem que seu uso antecipou os atores no teatro. Evidências mostram que sua aplicação aconteceu no Egito em 2000 aC com o uso de figuras de madeira operadas com barbante. Bonecos articulados de marfim e argila controlados com cordões também foram encontrados nos tumbas egípcias. Os hieróglifos também descrevem "estátuas que caminham" usadas pelos antigos egípcios em peças teatrais religiosas.
Os escritos mais antigos sobre os bonecos são creditados a Xenofonte em registro datado de 422 aC.

Técnicas de manipulação

  • Robótica - manipulação com uso da tecnologia moderna
  • Bonecos habitáveis - o boneco é vestido pelo manipulador
  • Associação de gatilho - boneco é acionado à distância com técnica de vara de origem chinesa. Utiliza-se colete, o que permite ao ator trabalhar com bonecos maiores, mas com mãos livres para utilizar manetes e vara
  • Luva-mamulengo - a luva é uma dos tipos da manipulação direta, ou seja, o artista está diretamente ligado ao boneco. A palavra "mamulengo" é uma referência a um folguedo de Pernambuco
  • Objetos - incorporação de elementos para construção da narrativa
  • Títeres de vara - variação de origem chinesa, com utilização de grande número de varas em cada boneco para aumentar as possibilidades de movimento

Teatro de fantoches persa

Kheime'h-shab-bazi é o nome do tradicional teatro de fantoches persa, executado numa pequena câmera. Há duas pessoas envolvidas: o artista musical e um outro, denominado morshed. Os diálogos ocorrem entre o morshed e os bonecos. A forma de atuação, as caracterizações e as técnicas de redação dos textos tornam essa forma de teatro de bonecos única e opilanal entre as demais.
Uma variação desse teatro surgiu no Irã, durante a era Qajar, sendo ainda bastante popular naquele país. A ópera de bonecos "Rostam e Sohrab" é o exemplo mais notável desta arte no Irã atual.

Peças e teatros famosos

Fonte : Wikipédia, a enciclopédia livre.

domingo, 24 de julho de 2011

Os Embromation



A participação da plateia é fundamental para o grupo Os embromation. E os atores Evilásio de Andrade, Mauro Monezi e Tiago Gondim fazem sucesso com as tiradas rápidas a partir dos temas e situações propostas pelos espectadores. O grupo, que está em temporada sábados e domingos, às 20h, no Teatro Apolo, recebe os convidados Múcio Eduardo, do grupo Os magros em cena, e Anderson Machado, dos Doutores da Alegria. Ingressos: R$ 20 e R$ 10 (meia). 

Fonte : Agenda do Recife

Nil Agra – Gravação do DVD – Comedia – 17 e 24.07

quinta-feira, 21 de julho de 2011

SONORA BRASIL - CIRCUITO 2011/2012 apresenta CAIXEIRAS DO DIVINO (MA)








O Sonora Brasil – Formação de Ouvintes Musicais 
é um projeto temático que tem como objetivo desenvolver programações 
identificadas com o desenvolvimento histórico da música no Brasil.

Sagrados Mistérios: vozes do Brasil apresenta 
repertório da música vocal presente nas festividades populares em devoção às 
entidades religiosas, trazendo os cânticos das Caixeiras do Divino (MA), da
Comitiva de São Benedito da Marujada de Bragança (PA) e da Banda de Congo Panela 
de Barro (ES). Representando a música de concerto, o Quarteto Colonial (RJ) 
apresenta repertório composto pelos mestres de capela para o ofício religioso da 
igreja católica e a obra de compositores modernos e contemporâneos inspirada 
nesse universo.

Dia : 23 de julho/ 2011

Horário : 20hs

Local : Escola Frei Cassiano Commacchio, em Belo Jardim- PE

Realização :  Sesc Ler de Belo Jardim.

Fonte : Blog Sesc Ler/ Maranhão

Diretora lamenta a situação do Teatro Luiz Souto Dourado



Ao término do espetáculo teatral “Frei Molambo”, na noite desta quarta-feira (20), dentro da programação do FIG, a diretora da peça, Suely Rodrigues, interagiu com o público e lamentou a situação do Teatro Luiz Souto Dourado (foto), que fica no Centro Cultural Alfredo Leite Cavalcanti. Ela é garanhuense, mas mora há 20 anos em Roraima.
“Fico feliz em voltar aqui depois de 20 anos e vê esse Teatro lotado. Me entristece é vê que ele ainda está do mesmo jeito de tempos atrás, quando já precisava de melhorias. Será que Garanhuns não vai ter nenhum prefeito que vai ser mais sensível a esse belo espaço e vai investir em seus necessários reparos?”, questionou Suely, que foi muito aplaudida.

Fonte : Blog Agenda Garanhuns

quarta-feira, 20 de julho de 2011

A garanhuense Suely dirige o espetáculo Frei Molambo



Montado pelo grupo Raízes do Porto (Porto Velho-RO), o espetáculo “Frei Molambo” é dirigido por Suely Rodrigues, que é nascida em Garanhuns. Logo mais a partir das 19h, desta quarta-feira (20), o monólogo estará sendo encenado no Centro Cultural Alfredo Leite Cavalcanti. O texto foi escrito em 1960, pela escritora paraibana Lourdes Ramalho. No enredo, o ser humano é questionado através da figura de um frei andarilho.
SINOPSE – Frei Rolando, um cavalheiro bíblico, mítico, decide sair mundo afora pregando e ensinando aos povos as profecias bíblicas e anunciando o apocalipse, atraindo para si multidões. Como homem, ameaça e suplica. Assim, faz acordo com seu anjo protetor que para cada erro cometido em sua jornada, dará um rasgão em sua roupa. Fustigando fraquezas alheias e erros da igreja, se deblatera impiedosamente, rasgando-se, até encontrar um ser misterioso que o transformará e o tornará humilde, divinamente humano ou… humanamente divino.

Fonte : Blog Agenda Garanhuns






 

Coletivo Lugar Comum apresenta encontro de performances no FIG 2011

                O Coletivo Lugar Comum apresenta um encontro de solos, unindo diferentes linguagens, nesta quinta (21), às 17h, em Garanhuns, dentro da programação do FIG 2011. A ideia é mergulhar em vários ambientes Casa das Artes, entrelaçando as propostas artísticas de algumas das integrantes do Coletivo com o público presente. A entrada é gratuita.
                A mostra terá a participação da iluminadora Luciana Raposo e das bailarinas Liana Gesteira, com o trabalho Topografias do Feminino; Maria Agrelli, com Pé de Saudade e Silvia Góes, com a performance OSSevaO.

Coletivo Lugar Comum

O Coletivo Lugar Comum (PE) atua desde agosto de 2007, reunindo artistas de diferentes linguagens do Recife. Inquietos com as dificuldades da produção em dança e suas necessidades artísticas, de criação, aperfeiçoamento, troca com a sociedade, o grupo resolveu criar o Coletivo Lugar Comum. Juntos esses artistas se revezam, dando aulas uns para os outros, colaborando nas criações, na produção de projetos, na discussão de textos, entre outras atividades artístico-culturais.

Topografias do Feminino

Sinopse - A performance, criada pela bailarina Liana Gesteira em 2011, é uma investigação sobre gênero e identidade, que traz a tona uma reflexão da relação da mulher com o seu próprio corpo.

O corpo feminino como um território saturado de significados, sensações e simbologias. Um território habitado por heranças e narrativas. Uma topografia constituída com vulcões em estado de erupção, e também por espaços inabitados como um deserto. Um território que ecoa o som mais profundo de um abismo, ou a melodia mais singela de um riacho driblando as pedras em seu caminho. Constituído de carne e devires é o corpo-território feminino.
  
Pé de Saudade

Sinopse - Performance criada pela bailarina Maria Agrelli, que compartilha com o público a sensação da saudade, a memória que vira parte inextricável do próprio corpo. Um corpo-poesia, usando como metáfora uma árvore que deixa escorrer, doer, cair, respirar, em suas folhas-troncos-raízes, o movimento da vida. Deixar ir, desapegar, repartir, ficando enraizada a saudade, ela mesma o sentido de tudo. Um pé de saudade roxa se revelando aos poucos também dentro dos corpos que a tocam no caminho.
  
OSSevaO

Sinopse - Como libertar nosso corpo-palavra? Poetizar os sons, lapidar as letras até a rima primeira, indizível? Encontrar em meio aos garranchos acumulados no tempo aquele primeiro nome escrito antes da vida? Como reescrever outros textos livres nesse corpo já desertado, esvaziado, roubado de sua alma, desnudando sua densidade, textura, viscosidade, chegando ao outro como ele mesmo, arquétipo coletivo, totalmente despido e onde tudo cabe mais uma vez, exalando palavras invisíveis sem língua, liberando forças inconscientes que circulam à flor da pele? A performance proposta pela bailarina Silvia Góes é uma busca, um corpo que procura o seu avesso, proporcionando novas descobertas a cada contato, a cada encontro... Corpo não-eu, corpo tu, corpo nós, corpo sermos e não-sermos, gerundiando a lida.

Fonte : Silvinha Góes.

teatro do absurdo



Teatro do absurdo foi um termo criado pelo crítico austríaco Martin Esslin, tentando colocar sob o mesmo conceito obras de dramaturgos completamente diferentes, mas que tinham como centro de sua obra o tratamento de forma inusitada da realidade. É uma designação de peças escritas por alguns dramaturgos europeus principalmente no final dos anos 1940, 1950, e 1960, bem como do estilo de teatro que tem evoluído a partir de seu trabalho. É uma forma do teatro moderno que utiliza, para a criação do enredo, das personagens e do diálogo, elementos chocantes do ilógico, com o objetivo de reproduzir diretamente o desatino e a falta de soluções em que estão imersos o homem e sociedade. O inaugurador desta tendência teria sido Alfred Jarry (Ubu Rei 1896).
A expressão foi cunhada por Martin Esslin, que fizera dela o título de um livro sobre o tema, publicado pela primeira vez em 1961 e posteriormente revisto em duas edições. A terceira e última edição foi publicada em 2004,com um novo prefácio do autor no opúsculo. Na primeira edição de "O Teatro do Absurdo", Esslin viu o trabalho desses dramaturgos relacionado pelo amplo tema do absurdo, empregando "Teatro do Absurdo" de maneira similar à que Albert Camus utilizava o termo. As peças dariam a articulação artística da "filosofia" de que a vida é intrinsecamente sem significado, como ilustrado em sua obra "O Mito de Sísifo". Embora o termo seja aplicado a uma vasta gama de peças de teatro, algumas características coincidem em muitas das peças: uma ampla comédia, muitas vezes semelhante ao Vaudeville, misturada com imagens horríveis ou trágicas; personagens presas em situações sem solução, forçados a executar ações repetitivas ou sem sentido; diálogos cheios de clichês, jogo de palavras, e nonsense; enredos que são cíclicos ou absurdamente expansivos; paródia ou desligamento da realidade e o conceito de well-made play ('peça bem-feita). Na primeira edição (1961), Esslin apresentou os quatro dramaturgos que definiriam o movimento como sendo Samuel Beckett, Arthur Adamov, Eugène Ionesco, e Jean Genet, e em posteriores edições, acrescentou um quinto dramaturgo, Harold Pinter, embora cada um desses escritores tivesse preocupações e técnicas únicas, que vão além do termo "absurdo". Outros escritores que Esslin associava a esse grupo incluem Tom Stoppard, Friedrich Dürrenmatt, Fernando Arrabal, Edward Albee, e Jean Tardieu.
Os seus representantes mais importantes são, além dos já citados, Ionesco, G. Schahadé, Antonin Artaud e J. Audiberti, na França, Günther Grass e Hildersheimer, na Alemanha.

Fonte : Wikipédia, a enciclopédia livre.

terça-feira, 19 de julho de 2011

comédia dell"arte

Em meados do século XVIII, Carlo Goldoni, um escritor veneziano, revitalizou as fórmulas usadas até à exaustão através da introdução do texto escrito e elementos mais realistas, que tornaram as suas peças conhecidas por todo o mundo.
Desde o seu início, este tipo de comédia fascinou e atraiu o público entre as classes sociais mais elevadas. As melhores companhias - Gelosi, Confidenti, Fedeli – conseguiram levar as suas peças da rua para o palácio, fascinando audiências mais nobres. Devido a este apoio, foi-lhes permitido extrapolar as fronteiras do seu país de origem e viajar por toda a Europa, especialmente a partir de 1570. As companhias itinerantes levaram as suas peças à cena em todas as grandes cidades da Europa renascentista, deixando a sua marca em França, Espanha, Inglaterra, entre outros. Mais tarde, dramaturgos como Ben Jonson, Molière, Maviraux e Gozzi vão inspirar-se nas personagens estereotipadas.

Companhia I Gelosi? (1580 d.C.).

Descrição

Grupos viajantes de atores montavam um palco ao ar livre e proviam o divertimento através de malabarismo, acrobacias, e mais tipicamente, peças de humor improvisadas, baseadas num repertório de personagens pré-estabelecidos, e um roteiro descritivo das cenas. Essas trupes ocasionalmente atuavam na parte de trás de suas carroças de viagem, embora fosse mais comum a utilização do Carro di Tespi, um teatro móvel de antigamente.
As apresentações eram improvisadas em cima de um estoque de situações convencionais: adultério, ciúme, velhice, amor. Esses personagens englobavam o ancestral do palhaço moderno. O diálogo e a ação poderiam facilmente ser atualizados e ajustados para satirizar escândalos locais, eventos atuais, ou manias regionais, misturados com piadas e bordões. Os personagens eram identificados pelo figurino, máscaras, e até objetos cênicos, como o porrete. Os Lazzi e Conchetti também são usados.
Na trama tradicional, os innamorati estão apaixonados e querem se casar, mas um ou mais vecchi (plural de vecchio) estão os impedindo de se casar, então, eles precisam de um ou mais zanni para ajudá-los. Tipicamente termina tudo bem com o casamento dos enamorados e o perdão por todas as confusões causadas. Há inúmeras variações dessa história, assim como há muitas que se divergem completamente dessa estrutura, como uma famosa história em que o Arlecchino fica misteriosamente “grávido”.

Personagens

Os personagens eram interpretados por atores usando máscaras, embora os innamorati (ou enamorados) não as usassem. Assim como os da mesma época (Shakespeare), os italianos vestiam atores homens en travesti – com roupas de mulheres e perucas. Ao contrário dos atores do Teatro Renascentista Inglês, no caso deles era por propósitos humorísticos, mais do que por proibição social.
Em alguns casos, os personagens representavam algumas regiões ou capitais italianas. Frequentemente eles ainda são símbolos de suas cidades.

Antoine Watteau - Comediantes italianos

Características

As representações teatrais, levadas a cabo por actores profissionais, eram feitas nas ruas e nas praças, e fundaram um novo estilo e uma nova linguagem, caracterizadas pela utilização do cómico. Ridicularizando militares, prelados, banqueiros, negociantes, nobres e plebeus, o seu objectivo último era o de entreter um vasto público que lhe era fiel, provocando o riso através do recurso à música, à dança, a acrobacias e diálogos pejados de ironia e humor.
As encenações da Commedia dell’arte baseavam-se na criação colectiva. Os actores apoiavam-se num esquema orientador e improvisavam os diálogos e a acção, deixando-se levar ao sabor da inspiração do momento, criando o tão desejado efeito humorístico. Eventualmente, as soluções para determinadas situações foram sendo interiorizadas e memorizadas, pelo que os actores se limitavam a acrescentar pormenores que o acaso suscitava, ornamentados com jogos acrobáticos.
O elevado número de dialectos que se falavam na Itália pós-renascentista determinou a importância que a mímica assumia neste tipo de comédia. O seu uso exagerado servia, não só o efeito do riso, mas a comunicação em si. Comumente uma companhia nada fazia para traduzir o dialecto em que a peça era representada à medida que fosse actuando nas inúmeras regiões por que passava. Mesmo no caso das companhias locais, raras eram as vezes em que os diálogos eram entendidos na sua totalidade. Daí que atenção se centrasse na mímica e nas acrobacias, a única forma de se ultrapassar a barreira da ausência de unidade linguística.
As companhias, formadas por até dez ou doze actores, apresentavam personagens tipificados. Cada actor desenvolvia e especializava-se numa personagem fixa, cujas características físicas e habilidades cómicas eram exploradas até ao limite. Variavam apenas as situações em que as personagens se encontravam.
O comportamento destas personagens enquadrava-se num padrão: o amoroso, o velho ingénuo, o soldado, o fanfarrão, o pedante, o criado astuto. Scaramouche, Briguela, Isabela, Columbina, Polichinelo, Arlequim, o Capitão Matamoros e Pantaleone são personagens que esta arte celebrizou e eternizou. Importante na caracterização de cada personagem era o vestuário, e em especial as máscaras. As máscaras utilizadas deixavam a parte inferior do rosto descoberto, permitindo uma dicção perfeita e uma respiração fácil, ao mesmo tempo que proporcionavam o reconhecimento imediato da personagem pelo público.
As peças giravam em torno de encontros e desencontros amorosos, com um inesperado final feliz. As personagens representadas inseriam-se em três categorias: a dos enamorados, a dos velhos e a dos criados (zannis). Estes últimos constituiam os tipos mais variados e populares. Havia o zanni esperto, que movimentava as acções e a intriga, e o zanni rude e simplório, que animava a acção com as suas brincadeiras atrapalhadas. O mais popular é, sem dúvida, Arlequim, o empregado trapalhão, ágil e malandro, capaz de colocar o patrão ou a si em situações confusas, que desencadeavam a comicidade. No quadro de personagens, merecem ainda destaque Briguela, um empregado correcto e fiel, mas cínico e astuto, e rival de Arlequim, Pantaleone ou Pantaleão, um velho fidalgo, avarento e eternamente enganado. Papel relevante era ainda o do Capitano (capitão), um covarde que contava as suas proezas de amor e em batalhas, mas que acabava sempre por ser desmentido. Com ele procurava-se satirizar os soldados espanhóis.
As representações tinham lugar em palcos temporários, na maior parte das vezes nas ruas e praças das cidades e, ocasionalmente, na corte. A precaridade dos meios de transporte e vias e as consequentes dificuldades de locomoção, determinavam a simplicidade e minimalismo dos adereços e cenários. Muitas vezes, estes últimos resumiam-se a uma enorme tela pintada com a perspectiva de uma rua, de uma casa ou de um palácio. O actor surge assim como o elemento mais importante neste tipo de peças. Sem grandes recursos materiais, eles tornaram-se grandes intérpretes, levando a teatralidade ao seu expoente mais elevado.

Fonte : Wikipédia, a enciclopédia livre.

Peço desculpas a todos por não ter postado a continuação desta matéria antes, mas não tive tempo...obrigado pela compreensão e um forte abraço!

ELLYSON MARTINS.

sábado, 16 de julho de 2011

Commedia dell'arte

A commedia dell'arte foi uma forma de teatro popular improvisado, que começou no séc. XV na Itália e se desenvolveu posteriormente na França e que se manteve popular até o séc. XVIII. A “Commedia dell’arte” vem se opor à “Comédia Erudita”, também sendo chamada de “Commedia All’improviso” e “Commedia a Soggetto”. Esta forma ainda sobrevive através de alguns grupos de teatro.
Suas apresentações eram feitas pelas rua e praças pública. Ao chegarem à cidade pediam permissão para se apresentar, em suas carroças ou em pequenos palcos improvisados. As companhias de commedia dell’arte eram itinerantes e possuíam uma estrutura de esquema familiar. Seguiam apenas um roteiro, que se denominava “canovaccio”, mas possuindo total liberdade de criação; os personagens eram fixos, sendo que muitos atores viviam exclusivamente esses papéis até a sua morte. Abaixo alguns exemplos.



Arlequín, 1671


  • Brighella, 1570







  • Colombina, 1683







  • Dottore, 1653







  • Pagliaccio, 1600







  • Pantalone, 1550






  • Histórico

    As origens exatas desta forma de comédia são desconhecidas. Alguns reconhecem nela a herdeira das Festas Atelanas, assim chamadas porque se realizavam na cidade de Atella, na península itálica meridional, em homenagem a Baco. As Fabulae Atellane, farsas populares, burlescas e grosseiras, eram uma das modalidades de comédia da antiguidade romana. Tal facto nunca foi historicamente comprovado.
    I Gelosi (Os Ciumentos), dos irmãos Andreni, é a primeira companhia de que se tem conhecimento. Foi fundada em 1545 por oito actores de Pádua que se comprometeram a actuar juntos até à quaresma de 1546. Foram os primeiros a conseguir viver exclusivamente da sua arte. Neste âmbito, destaca-se também o nome de Angelo Beolco (1502-1542), considerado um percursor da Commedia dell’arte. Ele foi autor dos primeiros documentos literários onde as personagens eram tipificados. Outra das suas facetas mais conhecidas foi a de actor. Ele representava a personagem de Ruzzante, um camponês guloso, grosseiro, preguiçoso, ingénuo e zombador.


    Karel Dujardins mostrou uma cena vista por ele de perto do palco provisório de uma trupe viajante, em contraste com as ruínas idealizadas Romanas: obra datada de 1657 (Museu do Louvre).

    Fonte : Wikipédia, a enciclopédia livre.

    Amanhã tem mais sobre a comédia Dell'larte...

    sexta-feira, 15 de julho de 2011

    Cia Máscaras de Teatro segue em cartaz


     

    A Cia Máscaras de Teatro segue em cartaz no Hermilo Borba Filho, no Bairro do Recife, com dois espetáculos neste final de semana: o denso ODEMAR, inspirado no poema Ode Marítima, de Fernando Pessoa e o infantil PERNA DE PINTO PERNA DE PATO. ODEMAR poderá ser visto durante todo o mês de julho, às sextas e sábados, às 20h e domingos às 19h. PERNA DE PINTO PERNA DE PATO será encenado também até o final deste mês, sempre às 16h, todo sábado e domingo.
    HISTÓRIA DA COMPANHIA - Foi no final de 2002 e comecinho de 2003 que os artistas da Cia Máscaras de Teatro arrumaram as malas e chegaram ao Recife, estimulados a encarar o desafio pelo diretor Sebastião Simão Filho, que na época tinha 38 anos. Nascido no ano 2000 em Petrolina, o grupo decidiu pegar a estrada com o sonho de viver da sua arte. Deu certo. É verdade que alguns integrantes desistiram, outros migraram para outros grupos, por alguns momentos o trabalho até parecia ter morrido, mas novos alunos entraram, se formaram, e a companhia continua viva até hoje.
    O paraibano Sebastião Simão Filho, ator, artesão (é ele quem confecciona os bonecos e os cenários das suas peças), produtor e diretor se descreve como um amante do teatro e da literatura. Fez um curso na Europa com Eugenio Barba, ícone do teatro dos séculos XX e XXI, e determinou que levaria a sua arte para gente de todas as idades enquanto estivesse vivo. Atualmente realiza uma série de atividades na Cia Máscaras de Teatro, incluindo oficinas para atores, confecção de bonecos e outras atividades.
    Sebastião já dirigiu mais de vinte espetáculos com textos de autores nacionais e estrangeiros (Plínio Marcos, Menott Dell Picchia, Fernando Arrabal, Boris Vian, Bertold Brecht, Oscar Wilde). Entre os espetáculos de bonecos encenados pela Cia Máscaras de Teatro estão FABULÁRIO, PERNA DE PINTO PERNA DE PATO, O BOI E O BURRO NO CAMINHO DE BELÉM, CAUSOS e A REVOLTA DAS CHUPETAS.


    ODEMAR

    Estava com 17 anos quando se apaixonou por Fernando Pessoa ao ler os versos “Minhas sensações são um barco de quilha pro ar / Minha imaginação uma âncora meio submersa...”. Hoje já na faixa dos “enta” e com uma experiência de vida de mais de duas décadas dedicadas ao teatro, o ator e diretor Sebastião Simão Filho conseguiu transformar em espetáculo o poema que o arrebatou na adolescência. A peça ODEMAR, construída sobre o poema Ode Marítima, de Pessoa, encenado pela primeira vez no Recife em Janeiro de 2010, ganhou este mês uma nova temporada na cidade, no Teatro Hermilo Borba Filho, no Bairro do Recife.
    O espetáculo fala do universo mítico e fabuloso, paisagístico e sociológico do mar e o drama humano que se desenrola a partir das metáforas da relação. Com um volante imaginário girando dentro de si, um homem descreve apaixonadamente as coisas do mar como seus velhos brinquedos de sonho. Um indivíduo à beira do cais/caos, misturando tempo e espaço e derramando em gestos e palavras temas como o amor, a loucura, a saudade e a solidão. O corpo e o cenário, concebido e construído pelo próprio Sebastião, funcionam como extensões da atuação. O cenário-palco é “monumental e prático”, como descreve o seu criador: trapézio, piscina com água em cena, contrapesos e um emaranhado de cordas e mastros permitem que o ator, em alguns momentos, esteja bem perto do público, além de ser uma referência à biomecânica e à arte circense.

    “Minhas sensações são um barco de quilha pro ar
    Minha imaginação uma âncora meio submersa
    Minha ânsia um remo partido
    E a tessitura dos meus nervos uma rede a secar na praia!”

    “A força da metáfora desses versos comprimidos, moídos por uma angústia feito máquina, moenda que quebra cada grão de alento, de suspiro, de esperança, me arrebatou definitivamente. Estava com 17 anos e apenas vi um fragmento do longo poema Ode Marítima, atribuído a Álvaro de Campos, um dos heterônimos de Fernando Pessoa. Somente uns dois anos mais tarde vim a conhecer o poema inteiro, mas ele já estava marcado em mim para sempre”, declara Sebastião Simão Filho.
    “O poema seguiu comigo. Tantas e tantas leituras para amigos ou na solidão de palcos desertos, na quietude das madrugadas. Consegui concretizar pequenas aventuras pessoanas como recitais e performances com outros textos. Mais de vinte anos se passaram. Em julho de 2008 achei que deveria considerar a sério o sonho adiado e dei início aos ensaios e à concepção do espetáculo”, relembra.
                Desde a sua apresentação primeira, em janeiro de 2010, ODEMAR já passou por algumas cidades do interior pernambucano, esteve em Juazeiro e entrou na programação do último Janeiro de Grandes Espetáculos, teve temporada no Joaquim Cardozo e já foi visto por mais de 700 pessoas. Segundo Sebastião, como “o poema é um ser vivo”, há mudanças constantes e diz que por isso houve transformações na encenação do espetáculo. “Ele está ficando cada vez mais delicado e os gritos estão ecoando na alma”, diz. “As melhores sensações são ver o público respirando junto e muitas vezes balbuciando o poema. É uma construção que não é só minha e por isso é tão prazerosa. Fernando Pessoa é uma paixão compartilhada por muitos”, completa.
    Ator, artesão, produtor e diretor, Sebastião Simão Filho é também o fundador da Cia Máscaras de Teatro.

    PERNA DE PINTO PERNA DE PATO

    O espetáculo infantil “Perna de Pinto Perna de Pato”, que faz, através da linguagem dos bonecos, uma viagem pelo mundo das fábulas e seres misteriosos que cuidam das matas, dos bichos e dos rios, fica em cartaz até o final de julho, no Teatro Hermilo Borba Filho, no Bairro do Recife, todo sábado e domingo, às 16h.
    Num diálogo entre bonecos de luva e de vara, a Cia Máscaras de Teatro cria um novo conceito, dando um caráter cênico aos bonecos que tem inspirações também em outras representações teatrais da Europa e do Oriente, além dos tradicionais mamulengos do Nordeste, com uma dramaturgia diferente dos espetáculos conhecidos de fantoches. Dida, Luci e Pituco estão investigando a existência ou não das lendas e dos seres misteriosos quando o avô de Pituco resolve se disfarçar e numa divertida brincadeira provar às crianças que essas criaturas existem. Então, lá do alto do Lendolimpo, o céu das lendas, a bruxa Cricri, o Saci Pula-pula, o extraterrestre Gosma Espacial, Mula-sem-cabeça e outros seres fabulosos decidem aparecer e a confusão está feita, até que São Jorge com seu Dragão entra na história para consertar tudo.
    “Tem uma coisa que me apaixona no teatro infantil, é que é um momento de encontro familiar”, diz Sebastião, adiantando que a peça atinge todas as faixas etárias. “Fizemos uma temporada no Teatro Joaquim Cardozo e era maravilhoso ver os adultos se divertindo e se emocionando tanto quanto as crianças. Às vezes tem cinco adultos para uma criança assistindo, de uma mesma família”, comenta.

    SERVIÇO:
    ODEMAR
    Direção, atuação e cenografia: Sebastião Simão Filho
    Sonoplastia: Luiz Manoel da Silva e Diego André Lucena
    Operação de luz: Renata Alves
    TEATRO HERMILO BORBA FILHO
    SEXTAS E SÁBADOS – 20H
    DOMINGOS – 19H
    ATÉ O DIA 31 DE JULHO
    INGRESSOS: R$ 16,00 E R$ 8,00


    PERNA DE PINTO PERNA DE PATO
    Teatro Hermilo Borba Filho
    Sábados e domingos de julho, às 16h
    Ingressos: R$ 10,00 e R$ 5,00
    Informações: 8727.7093

    Fonte : Cia. Máscaras de teatro/ Silvinha góes