terça-feira, 30 de agosto de 2011

LOUCURA E TEATRO‏ -




Pacientes com transtornos psicóticos mostram no palco as relações entre a vida e a arte em encenação especial de “Diário de um Louco” no Teatro Barreto Júnior 

“O teatro é a loucura permitida pela sociedade.”
(Fernanda Montenegro)


Wilma, Beto, Victor, Paula, têm muito em comum. São todos portadores de transtornos psicóticos graves, todos lutadores em busca da ressocialização e todos estarão nos próximos dias atravessando mais uma fronteira e participam no palco do Teatro Barreto Júnior, de uma encenação especial para o público pernambucano de “Diário de um Louco”, da obra de Nikolai Gógol. Ao todo mais de 20 pacientes do CAPS Casa Forte e do Núcleo de Atenção Psicossocial de Pernambuco (NAPPE) foram preparados, desde o início do ano, pelo ator Carlos Mesquita, que já leva no currículo mais de 400 apresentações do texto ao redor do mundo, mas que pela primeira vez dividirá o palco de um teatro de verdade com aqueles que têm uma relação realmente íntima com o mundo da loucura. No mês de abril o grupo fez uma única apresentação no Espaço MUDA e a partir da experiência novos elementos foram incorporados para esta encenação no Barreto Júnior. O espetáculo poderá ser visto NESTA QUARTA, dia 31 de agosto, às 19h30, no Barreto Júnior, com ingressos a R$ 10,00 e R$ 5,00.
            “Não sei se todos estarão na encenação, depende de uma série de fatores pessoais de cada um, mas a maioria deles está numa felicidade imensa pela possibilidade”, diz Carlos Mesquita, que tem mais de 30 anos de teatro, sendo 25 de vivências diferentes ao redor do planeta encenando “Diário de um Louco”, mas que também considera que está vivendo uma nova estreia. O texto de Gógol, que narra com muito bom humor as desventuras de um funcionário público que literalmente enlouquece, foi interpretado pela primeira vez por Carlos Mesquita no Teatro Santa Isabel, em 1986, numa adaptação de Rubem Rocha Filho, com direção de Zdenek Hampl e cenografia e figurino de Uziel Lima. “Essa apresentação, um desafio para mim, não deixa de ser uma homenagem aos três”, declara. Mesquita se diz um amante do texto de Gógol e não é à toa que ao longo de sua carreira calcula mais de 400 apresentações da peça no Brasil e também em outros países, como Argentina e Alemanha.
            O projeto que poderá ser visto no Barreto Júnior começou a partir de um convite do psiquiatra Marcos Noronha, fundador do CAPS Casa Forte e NAPPE, amigo do ator, que decidiu chamá-lo para fazer uma apresentação do monólogo para os usuários dos dois centros de convivência. “O projeto foi se desdobrando com a participação também da arteterapeuta Patrícia Barreto, que cuida das oficinas terapêuticas de teatro no CAPS Casa Forte e NAPPE há cerca de três anos”, esclarece Noronha. “As reações dos usuários são imediatas, há uma resposta positiva no que diz respeito à percepção dos outros que nos constituem a todos e também na relação de pertencimento. O teatro oferece a chance de perceber que você pode sim ser um personagem sem deixar de ser você, viver os múltiplos sem perder a essência. Os usuários têm entendimento e conseguem perceber que é uma história contada, que fala da loucura, que passa e se encontra com a história deles, mas conseguem manter a distância. No tratamento, acredito que os aplausos serão curativos sim porque a auto-estima é um resgate importantíssimo no processo”, explica Patrícia. “Essa será a segunda vez que levamos o teatro para fora das portas do centro de convivência, permitindo o compartilhamento desta vivência com as pessoas que não necessariamente tenham uma aproximação com o universo real destes pacientes. A primeira foi no Espaço MUDA, em abril, mas agora eles estarão oficialmente num palco de teatro”, completa.
            O convite para a encenação terminou se transformando numa oficina e durante a oficina Carlos Mesquita propôs o desafio de levar os usuários para a cena. Agora chegou a hora de o público poder vivenciar parte da beleza dos resultados. Grande parte dos adereços de cena foi confeccionada pelos pacientes durante os encontros e no palco eles atuarão numa figuração especial, como contra-regras, terão também algumas falas e interpretarão as reações em contato com o personagem principal através de um coro. “É como se eles estivessem dentro de um contexto de seus contextos”, diz Mesquita.
             
SOBRE OS SERVIÇOS - Oferecendo opções de tratamento intensivo, semi-intensivo e não intensivo, o CAPS Casa Forte entrou em funcionamento em janeiro de 2002, fundado pela psicóloga e arteterapeuta Cristina Lopes e pelo psiquiatra Marcos Noronha inspirado no modelo já oferecido pelo Núcleo de Atenção Psicossocial de Pernambuco (NAPPE), criado há 18 anos também por Marcos Noronha e que é o mais antigo centro de atenção psicossocial de Pernambuco.
Os programas de tratamento incluem aulas de yoga, terapias corporais como massagens, oficinas de música, pintura, fotografia, argila, aulas de Tai Chi Chuan e outras atividades, todas voltadas para pacientes com distúrbios psicóticos, passando pelas neuroses graves, até transtornos alimentares e outras doenças da modernidade.
O CAPS Casa Forte e NAPPE têm como objetivo prestar atendimento psiquiátrico diferenciado, seguindo uma postura de reeducação e oferecendo um serviço de atenção e reabilitação no sistema de hospital dia.


Serviço:
Diário de um Louco
Com Carlos Mesquita e pacientes do CAPS Casa Forte e NAPPE
Nesta quarta - 31/08
Horário: 19h30
Local: Teatro Barreto Júnior
Ingressos no local: R$ 10,00 e R$ 5,00

Contatos:

Carlos Mesquita – 9991.6296
Patrícia Barreto – 8837.8398
Marcos Noronha - 9145.8798

Fonte: Silvinha Góes.


domingo, 28 de agosto de 2011

Curso de Iniciação ao Teatro promovido pelo Sesc Ler de Belo Jardim será concluído amanhã.


Amanhã ( 29/ 08/ 11 ), será concluído o Curso de Iniciação ao Teatro, promovido pelo Sesc Ler de Belo Jardim, o local das aulas foi no Stúdio de Sabrina Santos,ministrado por Ellyson Martins, o curso com duração de um mês, teve a participação de quatorze pessoas, sendo que desitiram quatro pessoas, no entanto, o curso será concluído com o total de dez pessoas. Para conclusão, será encenada duas pequenas improvisações criadas pelo próprio ministrante, com a participação de todos os alunos, e para fechar a noite, será apresentado o monólogo teatral "OS MALEFÍCIOS DO TABACO", do escritor russo Anton Tchekhov, do qual já foi apresentado duas vezes na citada cidade( no IFPE e na Igreja da Vila Fernando de Abreu, no bairro São Pedro),  pelo próprio professor (Ellyson Martins), o mesmo faz a direção do espetáculo, (Em anexo a esta matéria está o trailer do monólogo). O início das apresentações será ás 20:00, no próprio Sesc, que se localiza no Distrito Industrial II, s/n, Nossa Senhora Aparecida, Cohab III, Belo Jardim-PE, fone: (81) 3726-1576, entrada franca.

Trailer do monólogo teatral "OS MALEFÍCIOS DO TABACO", de Anton Tchekhov.

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Stand-up comedy



Stand-up comedy é uma expressão em língua inglesa que indica um espetáculo de humor executado por apenas um comediante. O humorista se apresenta geralmente em pé (daí o termo 'stand up'), sem acessórios, cenários, caracterização, personagem ou o recurso teatral da quarta parede, diferenciando o stand up de um monólogo tradicional. Também chamado de humor de cara limpa, termo usado por alguns comediantes.
Ainda há confusão na diferenciação do humorista stand up e de outros estilos, como o contador de piadas, o mónologo de humor, o "one man show", gênero semelhante, mas que permite outras abordagens (interpretação de personagens, músicas, cenas).
O humorista stand up não conta piadas conhecidas do público (anedotas). O texto é sempre original, normalmente construído a partir de observações do dia a dia e do cotidiano. Praticamente qualquer coisa pode ser usada como ingrediente na comédia stand-up. Muitos comediantes trabalham durante anos para lapidar 60 ou 70 minutos de material humorístico, que normalmente executam aos pedaços várias e várias vezes, aperfeiçoando lentamente cada piada com o passar do tempo. O estilo é considerado por muitos um dos gêneros mais difíceis de se executar e dominar, talvez porque o artista em cena esteja desarmado, despido de personagens, apresentando suas ideias a respeito das coisas do mundo, e ainda esteja à mercê da plateia: não raro deve-se ajustar rapidamente sua apresentação de acordo com o humor e gosto de uma plateia específica. Ainda, as habilidades necessárias pra ser um stand-up comedian são diversas. É frequentemente necessário que se assuma de forma solitária os papéis de escritor, editor, artista, promotor, produtor, e técnico simultaneamente.
Um teste de mestre para um stand-up comedian é a habilidade de enfrentar um "heckler" (membro da plateia que, por algum motivo, responde ou interage com o show de forma não muito amistosa) mas ainda, responder com algo tão maior que consiga entreter a plateia com a réplica.
Não existem muitas regras sobre os assuntos e abordagens, o que permite uma constante evolução. O mesmo pode se dizer da duração, desde uma breve apresentação de um minuto como as de Oscar Filho ao recorde mundial de Bruno Motta, que entrou para o Guinness Book como o comediante que fez o "maior show de humor do mundo". Ficou 38 horas e 12 minutos falando para um público de 5 mil pessoas que se revezavam num teatro em Belo Horizonte.

No Brasil

Chico Anysio, pioneiro do estilo americano da comédia Stand Up no Brasil.
O gênero do "one man show" que é semelhante, mas permite outras abordagens (interpretação de personagens, músicas, cenas) foi introduzido no Brasil por José Vasconcelos, na década de 60. Aproximando-se mais ainda do estilo americano, Chico Anysio e Jô Soares mantiveram o gênero - principalmente em seus shows ao vivo, e geralmente, na abertura de seus programas - se aproximando da comédia stand up como vemos hoje.
Há hoje vários comediantes exercendo o gênero no Brasil. Eles se organizam em grupos ou apresentam trabalhos solo, viajando e participando dos vários shows. Entre os principais estão Bruno Motta, Danilo Gentili, Diogo Portugal, Rafinha Bastos. Os pioneiros e primeiros grupos são o Comédia em Pé , Clube da Comédia Stand Up, Comédia Ao Vivo, ImproRiso e o 3Tosterona, sediado no Beverlly Hills, criado por Luiz França e Robson Nunes com diversas formações sempre revelando talentos.

Na televisão

Bill Cosby, célebre comediante dos "clubes de comédia".

No ano de 2008 a televisão brasileira começou a apostar no stand-up comedy. Entre os programas que apostaram no estilo como atração reccorente estão o Altas Horas, na Rede Globo, onde Serginho Groisman trouxe comediantes stand-up para fazer um trecho de seu material. Entre os que participaram mais de uma vez do quadro estão Bruno Motta, Fábio Porchat, Marcelo Mansfield, Cláudio Torres Gonzaga e Diogo Portugal. O programa de humor CQC, da Rede Bandeirantes, incorporou Rafinha Bastos, Danilo Gentili e Oscar Filho, os três comediantes stand up do Clube da Comédia. O Domingão do Faustão também abriu as portas para o gênero, no quadro Quem Chega Lá. Na primeira edição, Léo Lins e Marcos Castro chegaram à fase final da competição (na segunda edição ninguém se classificou). O Programa do Jô iniciou em 2009 o já tradicional quadro Humor na Caneca, onde comediantes stand up encerram a atração, na semana de estréia, entre outros, estava Fábio Porchat.

Em Portugal

Em Portugal, a stand-up comedy tornou-se mais popular a partir do início do programa Levanta-te e Ri da SIC, embora já alguns humoristas praticassem profissionalmente este registo de comédia.
Existem neste momento vários comediantes em Portugal a fazer Stand up Comedy, em vários bares, anfiteatros e casas de espetáculo, como por exemplo João Seabra, Bruno Nogueira, Hugo Sousa, Marco Horácio, Ricardo Araújo Pereira, entre dezenas de outros.
O ano de 2009 foi um ano de grande expansão do stand up comedy em Portugal com o início das primeiras formações de stand up dadas pela Bang Produções que culminaram com galas na Sociedade Guilherme Cossoul onde se iniciou nestas lides Raul Solnado.

História

Origem

O stand-up tem suas raízes em variadas tradições do entretenimento popular americano do final do século XIX, incluindo o vaudeville, (teatro de revista) e monólogos humorísticos. A maioria dos comediantes era meramente vista como contadores de piadas que esquentavam a plateia com um número de abertura, ou mantinham o público entretido durante os intervalos. Os pais da comédia stand-up eram os mestres de cerimônia, como eram chamados na época de ouro do rádio, Jack Benny, Fred Allen e Bob Hope, que vieram do vaudeville e geralmente abriam seus programas com monólogos ou números cômicos. Ser um comediante era considerado um degrau para uma carreira verdadeira no show business.
Os "mestres de cerimônia" começaram a aparecer em clubes noturnos apresentando grandes bandas e abrindo shows de outros artistas.
Os tópicos se caracterizavam por improvisações e discussões sobre qualquer coisa, desde os últimos filmes até um aniversário esquecido. Era comum que os programas de televisão de variedades se dividissem entre esses monólogos de abertura, números musicais seguido de quadros e esquetes. Os convidados eram variados e incluíam outros comediantes do rádio da época, como George Burns e Grace Allen. Com a fama e o sucesso desses humoristas, o público começa a frequentar os clubes apenas pelas aberturas cômicas e logo os apresentadores se tornam o próprio show.

O surgimento dos clubes

No final dos anos 50 e no decorrer da década de 60, stand-up se tornou uma moda entre boêmios e intelectuais. Alguns clubes noturnos eliminaram os números musicais e começaram a se chamar de "clubes de comédia". Uma nova geração de comediantes começou a explorar tópicos políticos, relações raciais e humor sexual. O ambiente, tido como culto e evoluído, acabou permitindo a entrada de comediantes negros e mulheres. Foram quando surgiram nomes como Woody Allen, Shelley Berman, Redd Foxx e Bill Cosby.
A Stand-up Comedy explodiu durante os anos 70, com muitos artistas se tornando conhecidos nacionalmente. O estilo nascido nos clubes noturnos alcança teatros e até grandes concertos em estádios esportivos.

Projeção na TV e no cinema

Richard Pryor, ícone da contracultura.
 
Programas como Saturday Night Live e The Tonight Show lançaram carreiras de outras tantas estrelas de stand-up. Richard Pryor e George Carlin, seguindo o estilo de Lenny Bruce, se transformaram em ícones da contracultura. Steve Martin e Bill Cosby tiveram nível similar de sucessos com números mais suaves. Muitas estrelas do stand-up obtiveram grandes contratos com a televisão e também com estúdios de cinema, como Robin Williams, Eddie Murphy e Billy Crystal. Há uma nova explosão de locais para comédia, espaços para artistas locais e até para comediantes em turnê por várias cidades.
Nos anos 80 com o advento da HBO (que pode apresentar os comediantes sem censura) e outros canais a cabo como o Comedy Central contribuíram para o boom do stand-up comedy.

Ressurgimento

Por volta de 1990 a comédia stand-up parece entrar em declínio. O mercado é inundado por comediantes considerados medíocres, muitos trabalhando em função do conceito de que o sucesso no stand-up pode abrir as portas para outras áreas como musica, atuação em tv e filmes de cinema. Mas alguns humoristas conseguem reerguer o gênero, trazendo seus temas particulares para programas de TV de incrível sucesso popular e reconhecimento normalmente inacessível em circuitos de clubes de comédia. Exemplos disto incluem Jerry Seinfeld, Ellen DeGeneres, Roseanne, Tim Allen, Chris Rock e Ray Romano.
Com o novo século, a comédia stand-up é oxigenada, graças ao surgimento de novas mídias como a internet e canais de tv a cabo como o Comedy Central. Por todo o mundo houve um interesse no stand-up comedy e fazendo com que ocorresse crescimento na cena cômica no Canadá. Inglaterra, Portugal, Irlanda e Países Baixos e agora no Brasil.

O surgimento no Brasil

A nova onda de comédia stand up começou no Brasil de forma discreta. Humoristas como Diogo Portugal e Bruno Motta já haviam participado com apresentações nesse gênero no Prêmio Multishow do Bom Humor Brasileiro em 1996 e 1998, respectivamente – e curiosamente, eram os únicos a utilizar o estilo num festival criado por Wilson Cunha com esse objetivo. De volta à Curitiba, Diogo comanda noites de humor variadas onde ele apresenta, entre outros, números de stand up – bem como Bruno, que em Minas estreia seu solo "De Pé!" além de fazer shows com outros humoristas. Paralelamente, Fernando Ceylão também exercitava o gênero no Rio de Janeiro, estreando diversos espetáculos solos. Os três se encontram no Risorama, criação de Diogo Portugal dentro do Festival de Teatro de Curitiba desde 2003, apresentado por Nany People.
Em 2004 Bruno Motta apresenta um show com comédia stand up aos sábados em São Paulo, do qual também participa Marcela Leal. Na mesma época vários desses comediantes se reúnem através de uma comunidade no Orkut criada por Henrique Pantarotto para conversar e discutir o tema. É dali que Bruno, Marcela, Rafinha, Simone de Lucia, Márcio Ribeiro e Adriano Assi se organizam para participações no show Mondo Canne, de Marcelo Mansfield. Mansfield fazia uma abertura de humor físico e depois servia como apresentador da segunda parte, um show de comédia stand up.
Fernando Ceylão se juntaria aos redatores da Globo Cláudio Torres Gonzaga e Fábio Porchat, além do ator Paulo Carvalho e Fernando Caruso para criar o Clube de Comédia em Pé, que estreia no Rio Design Leblon. Caruso, porém, não participa das primeiras apresentações pois acontecem às terças-feiras, mesma data de seu espetáculo Z.É. Zenas Emprovisadas. O Comédia em Pé é o primeiro grupo de stand up no Brasil, sendo criado no Rio. Algumas semanas depois, em São Paulo, o grupo que se reunia pela internet em São Paulo lança o Clube da Comédia Stand Up, no bar Beverly Hills.
O Comédia em Pé prossegue suas apresentações no Rio já com Fernando Caruso, mas sem Fernando Ceylão, que passa a investir em sua carreira de autor e diretor. Em São Paulo, o Clube da Comédia ganha o reforço de Diogo Portugal, mas deixam o grupo Henrique Pantarotto e em seguida, Márcio Ribeiro.
A entrevista de Diogo Portugal no Programa do Jô é definitiva para chamar a atenção para o gênero Ele menciona os diversos shows de que participa e atrai público e mídia para os bares em que se apresenta. No Rio, o Comédia em Pé passa a se apresentar em teatros, ficando em cartaz nos dois extremos da cidade simultaneamente. Em Belo Horizonte, Bruno Motta cria o ImproRiso, que reúne comédia stand up, personagens e cenas – futuramente o projeto migraria para São Paulo apenas com comediantes stand up. Em Curitiba, alavancadas por Diogo, surgem outras noites de humor stand up. Em São Paulo, Danilo Gentili que acabara de entrar no Clube da Comedia, convida Márcio Ribeiro e reúne jovens humoristas que frequentavam o Clube para criar o Comédia Ao Vivo: Dani Calabresa (Daniella Giusti), Luiz França , Fábio Rabin.

Fonte : Wikipédia, a enciclopédia livre.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

"Noites Brancas" será encenado no Sesc Piedade


Com o objetivo de unir literatura e teatro, a biblioteca do Sesc Piedade promove, nesta quinta-feira (25), às 19h, uma encenação teatral da obra “Noites Brancas”, do escritor russo Fiódor Dostoiévski, com direção de Almir Martins. A entrada é gratuita.
A obra foi escrita em 1848, antes de o escritor ser preso, e fala da impossibilidade e esperança do amor. O personagem principal é um sonhador que, em uma das noites brancas da capital de São Petersburgo, apaixona-se por Nastenka. O conto é o que mais se aproxima do romantismo dentre os escritos de Dostoiévski, trazendo o lúdico para a realidade do casal apaixonado.

Fonte : JC online/ NE 10.

Espetáculo “As Herdeiras” entra em cartaz no Sesc Caruaru

Foto, fonte: Google.

 
Todos os sábados e domingos de agosto, o espetáculo “As Herdeiras” estará em cartaz no Sesc Caruaru. A peça teatral conta de forma bem humorada a história de Zilda e Ruth, duas irmãs  de personalidades diferentes e que vivem em constante conflito. Através da trilha sonora, a comédia ainda faz uma viagem à era do rádio no Brasil. 
O espetáculo tem início sempre às 20h. O ingresso custa R$ 10 (antecipado) e R$ 12 na bilheteria do teatro. Estudante paga meia-entrada.

Fonte : Jornal Extra/ Neide Aciole.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Teatro lambe-lambe



Fotos, fonte: Google.

O Teatro Lambe-Lambe, também conhecido como Teatro de Miniaturas, é uma linguagem de formas animadas que ocupa um espaço cênico mínimo formado por um palco em miniatura confinado em uma caixa preta de dimensões reduzidas. Nesse espaço são apresentadas peças teatrais de curtíssima duração através da manipulação de bonecos, para um espectador por vez. O Teatro Lambe Lambe já é considerado uma "modalidade" dentro do gênero "Teatro de Bonecos". O "Teatro Lambe Lambe" possui este nome, pois sua forma de apresentação, se assemelha demais aos antigos fotográfos lambe lambes que ocupavam as praças brasileiras nas décadas de 40, 50 e 60. Porém, já escassos nos dias atuais. Este nome "Teatro Lambe Lambe" é uma homenagem feita por Denise di Santos e Ismine Lima a estes fotográfos que por anos fizeram parte da cultura brasileira e hoje já se encontram em pleno anonimato.

Histórico
O Teatro de Lambe-Lambe nasceu em Outubro de 1989, pelas mãos das bonequeiras Ismine Lima e Denise Di Santos. Desde então, já foi foco em muitos festivais nacionais e internacionais. Nos últimos anos os catarinenses Dhio Adhelino e Daniel Tsunami (Centro de Pesquisas Lambe Lambe Brasil), juntamente com Susanita Freire (Unima) vêm catalogando e mapeando os grupos e espetáculos de Teatro Lambe Lambe espalhados pelo Brasil e Mundo.
Os primórdios do Teatro lambe-lambe, assim foi seu nascimento Por Ismine Lima (Uma das criadoras do Teatro Lambe Lambe)
"Tinha uma amiga que fazia um parto na sala, na mesa do professor.Um dia, eu disse, não faria um parto devassado, parto requer uma intimidade e então surgiu a caixa do teatro lambe-lambe que abrigou A DANÇA DO PARTO. Tinha também um casal que ela ensinava a usar a camisinha e isto foi transformado no IMPÉRIO DOS SENTIDOS, conhecia este filme, virou uma peça para Teatro lambe-lambe. Mas existe também uma outra razão de ser do teatro lambe-lambe que a questão financeira do teatro de rua... não concordo com o chapéu, acho que o teatro tem ter um preço estabelecido a caixa é um teatro independente, volante, andarilho e deve ser cobrado, tem até um porteiro, bem vestido, que deve ser um ator performático. Porque senão nunca o teatro evolui.A outra questão básica que se constitui numa trilogia, o tripé deste teatro, é a profunda intimidade que ator manipulador do teatro lambe-lambe estabelece com o publico, é algo visceral. É neste momento que se compreende a força que o boneco tem e o domínio que você pode ter sobre esta audiência. Reside ai a força e o perigo do teatro de bonecos. Ariel Bufano, o grande bonequeiro argentino dizia, o bonequeiro (ele falava titeriteiro) tem que ter uma consciência dos deuses, senão ele manipula pra qualquer coisa e o teatro de bonecos tem quer servir pra dizer algo que deve ser dito, que precisa ser dito é um grito de dor, de alegria e morte.
Fazer uma peça para o Teatro lambe-lambe é como encontrar uma pérola no fundo do mar. É um Ray Kay em imagens.
Ismine Lima. 5 de Julho de 2009 - Ver. http://teatrolambelambe.blogspot.com/2009/07/primordios-do-lambe-lambe.html

 Curiosidades

  • O primeiro espetáculo apresentado no Lambe-lambe foi "A Dança do Parto";
  • Em 2007 a Cia de Theatro Anjos da Noite de Tijucas/SC, deu início a seu projeto de teatro lambe-lambe, com o Projeto Lambe-lambe in Tchekhov, na qual foi inserido o realismo dos contos tcheckovianos dentro dos mini teatros;
  • Atualmente, para um mapeamento geral da arte, O Centro de Pesquisas Lambe Lambe Brasil e a Cia de Theatro Anjos da Noite estão cadastrando todos os teatros lambe lambes através de um sistema de cadastros. O Teatro Lambe Lambe foi criado pelas Baianas Ismine Lima e Denise di Santos, que sempre juntas circulavam com seus mini teatros pelo mundo. Após o ano de 2008, as duas, por motivos particulares decidiram seguir suas carreiras á parte, cada uma com seu grupo de Teatro Lambe Lambe;
  • O Teatro Lambe Lambe também é conhecido como Teatro de Miniaturas, Teatro de Minionetes, Teatrinho, Mundo miúdo, Caixas de Imagens, Caixa mágica, caixinha de surpresas, etc aqui no Brasil.
  • Em alguns países como México, França e Espanha o Teatro Lambe Lambe é conhecido como "Pet Show", ou também "Teatro de Cajas";
  • Tem data para 2010, o primeiro Festival de Teatro Lambe Lambe, que acontecerá em Santa Catarina, para maiores informações acesse: www.anjosdanoite.org

Algumas companhias e bonequeiros que trabalham com Teatro Lambe-lambe

No Brasil
  • Cia de Theatro Anjos da Noite - SC - www.anjosdanoite.org
  • Cia Mutua de Teatro - SC - www.ciamutua.com.br
  • Circo de Papel - BA - www.teatrolambelambe.blogspot.com
  • Lambe Lambe da Bahia - BA
  • In Bust Teatro de Bonecos - PA - www.inbust.com.br
  • Grupo Capim Capivara - SP - www.capimcapivara.blogspot.com/
Para ter acesso a todo o mapeamento dos lambe lambeiros no Brasil e Mundo, favor solicitar ao Centro de Pesquisas Lambe Lambe Brasil o portfólio completo com as cias/grupos mapeados, bem como os bonequeiros que também desenvolvem esta arte. Informações no site do Centro de Pesquisas. Acesse http://www.teatrolambe-lambe.blogspot.com/

Fonte : Wikipédia, a enciclopédia livre.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Constantin Stanislavski



Constantin Siergueieivitch Alexeiev, em russo Константин Сергеевич Станиславский, (Moscou, 5 de Janeiro de 1863 — Moscou, 7 de Agosto de 1938), mais conhecido por Constantin Stanislavski, foi um ator, diretor, pedagogo e escritor russo de grande destaque entre os séculos XIX e XX .
Desde pequeno Stanislavski tinha contato com todos os tipos de artes, pois nascera em família rica. Sua primeira apresentação ocorreu quando ainda tinha sete anos em um teatro que seu pai mandara construir em sua casa. Neste local, também conhecido como Círculo Alexeiev, aconteciam vários encontros com atores, diretores, músicos, artistas plásticos conhecidos. Após os casamentos na família, esses encontros começaram a ficar mais raros.
Em 1888, Stanislavski funda a Sociedade Literária de Moscou, no qual passa a estudar a arte teatral com grandes personalidades da época, como o diretor Fiédotov. Este empreendimento não teve muito sucesso, principalmente no aspecto financeiro o que levou Stanislavski a arcar sozinho com as despesas.
Após trocar correspondências com Vladímir Ivânovitch Niemiróvitch-Dântchenco (1858 – 1943), escritor e professor de arte dramática na Filarmônica de Moscou; iniciou no dia 22 de junho de 1897, às 14h; no Slaviánski Bazar (Mercado Eslavo, nome de um restaurante), não só um conversa histórica, mas um diálogo, de um empreendimento, que marcaria o teatro no século XX: o Teatro de Arte (ou Artístico) de Moscou Acessível a Todos, que depois passaria a ser conhecido como o Teatro de Arte de Moscou.
Foi neste local que Stanislavski, durante anos, teve a oportunidade de testar métodos e técnicas no trabalho de preparação do ator. Muito desses foram deixados de lado e outros aprofundados. Estes seus estudos geraram o conhecido "sistema" Stanislavski (como ele mesmo o chamava).

O Sistema
'O que realmente significa, escrever sobre o que é passado e já foi feito? O sistema vive em mim mas não tem contorno ou forma. O sistema é criado no ato de escrevê-lo. Esta é a causa de porque eu tenho que ficar trocando o que eu tinha antes escrito. (Benedetti, J. Stanislavski and the Actor: The Method of Physical Action, p.22)'Cquote2.png

Jean Benedetti descreve que as primeiras anotações sobre o sistema foram feitas por Stanislavski ainda em 1906 e que sua primeira parte estava pronta já em 1920 (Benedetti, Stanislavski an Introduction, Kindle Ed.). Jaco Guinsburg descreve as inquietações de Stanislavski na busca de um forma teatral apurada:
Cquote1.png'Nós estávamos protestando contra a forma de se atuar no palco, contra a teatrada e o pathos afetado, a declamação e a representação exageradas, contra o sistema de estrelato que arruinava o ensemble, contra o modo como as peças eram escritas, contra a insignificância dos repertórios. A fim de rejuvenescer a arte, declaramos guerra contra todos os convencionalismos do teatro: no desempenho, direção, cenários, trajes, entendimento das peças etc.'Cquote2.png

Impulsionado por renovações cênicas, compromissos e por experiências ao longo de sua vida, Stanislavski criou, desenvolveu, sistematizou e aprimorou o que chamou de “sistema”. Este se embasava nas ações físicas, as quais [...], por sua vez, transmitem o espírito interior do papel que estamos interpretando [...], sendo elas abastecidas pela vida e pela imaginação que o ator empresta à personagem. Assim sendo, a partir de Stanislavski, ações físicas, espírito interior, imaginação, são palavras chaves e integradas em todos os métodos de interpretação para o ator desde então. Stanislavski afirma, sobre seu sistema:
Cquote1.png'O sistema é um guia. Abra-o e leia-o. O sistema é um livro de referência, não uma filososfia. Quando a filosofia começa o sistema termina. Você não pode atuar no sistema: você pode trabalhar com ele em casa, mas, estando no palco, você deve colocá-lo de lado.(...)' Não há sistema. Existe apenas a Natureza. O objetivo da minha vida tem sido chegar tão perto quanto possa ao assim chamado sistema, isto é da natureza da criação.
As leis da arte são as leis da Natureza. O nascimento de uma criança, o crescimento de uma árvore, a criação de uma personagem são elementos de uma mesma ordem. O estabelecimento de um sistema, isto é, as leis do processo criativo, é essencial porque no palco, pelo fato de ser público o trabalho da natureza é violado e suas leis são infringidas, o sistema re-estabelece estas leis, recoloca a natureza humana como a norma (...)
O primeiro aspecto do sistema é colocar o inconsciente para trabalhar. O segundo, assim que se inicia, é deixe-o de lado (leave it alone). (Benedetti, Stanislavski an Introduction, Kindle Ed.)
Cquote2.png

Ao todo, sobre o “sistema”, Stanislavski tem publicado em português um total de quatro obras: Minha Vida na Arte, A preparação do Ator, A Construção da Personagem e A Criação de um Papel; os três últimos livros, em nossa língua, foram traduzidos por Pontes de Paula Lima, da versão feita pela norte-americana Hapgood. Esta traduziu e editou apenas uma seleção dos escritos originais russos. Estas versões possuem omissões de palavras, frases, idéias e capítulos inteiros, que se originam de decisões de cortes da edição da tradutora norte-americana.

 Influência e desenvolvimento do "sistema"

Stanislavski também influiu na ópera moderna, e impulsionou os trabalhos de escritores como Máximo Gorki e Anton Tchecov. Em 1905 funda o primeiro Teatro Estúdio (Moscou), um local para experimentações que será dirigido por Meyerhold (Meyerhold, Alberto Editor, pg 119).
Seu sistema, também chamado de Método das Ações Físicas, teve diversos seguidores, nas várias fases em que foi desenvolvido. Um de seus alunos (Richard Boleslavski), fundou em 1925 o "Laboratório de Teatro", nos Estados Unidos. Esta iniciativa, baseada apenas na chamada "memória emotiva", causou grande impacto no teatro americano, mas a técnica de Stanislavski tem ainda outros aspectos.
Stella Adler foi a única norte-americana que estudou com Stanislavsky, em Paris, durante 5 semanas no ano de 1934, seguindo assim o Método de Ações Físicas. Adler apresentou o esta abordagem a Lee Strasberg, como ela também ator e diretor do Group Theater, que o rejeitou, - motivo pelo qual Adler declarou que ele "entendeu tudo errado". Strasberg é um dos nomes principais no desenvolvimento do Método do Actors Studio, uma leitura do sistema desenvolvido por Stanislavski.
De 1934, ano em que Adler estudou com ele, até sua morte em 1938, Stanislavski continuou no desenvolvimento de seu sistema, acrescentando novas idéias e reforçando as já desenvolvidas.

 Conceitos

Análise Ativa
Segundo Kusnet, a análise ativa é uma maneira dos atores analisarem o material proposto pelo texto dramatúrgico em ação, nos ensaios, ou seja, procurar compreender a obra dramática através da ação praticada ou improvisada pelos intérpretes dos papéis a partir de conhecimentos superficiais da peça, e não na base de grandes estudos cerebrais de entendimento do texto. (Kusnet, 1987, p. 98)
Subtexto
Cquote1.pngA parte mais substancial de um subtexto está nas idéias (…) nele implícitas, e que transmitem a linha de lógica e coerência (da personagem) de forma clara e definida. (…) As palavras são parte (…) da corporificação externa da essência interior de um papel (…). Subtexto é tudo aquilo que o ator estabelece como pensamento (e motivação) do personagem antes, depois e durante as falas do texto. (Stanislavsky, 1997, p. 175 e 176)Cquote2.png


Cquote1.pngO subtexto é uma espécie de comentário efetuado pela encenação e pelo jogo do ator, dando ao espectador a iluminação necessária à boa recepção do espetáculo (Stanislavsky 1963, 1966)Cquote2.png

.
Aquilo que não está escrito explicitamente no texto dramático e é colocado a partir do entendimento do texto pelo ator. O subtexto estabelece o estado motivacional da personagem e também uma distância entre o que é dito no texto e o que é mostrado pela cena. podendo inclusive contradizer ou aprofundar aquilo que a personagem está realizando.

 Legado e atores

Charlie Chaplin disse, sobre Stanislavsky:
O livro de Stanislavski, "A preparação do ator", pode ajudar todas as pessoas, mesmo longe da arte dramática."
Stanislavski lutou por facilitar o trabalho do ator. Mas, acima de tudo, declarou:
"Crie seu próprio método. Não seja dependente, um escravo. Faça somente algo que você possa construir. Mas observe a tradição da ruptura, eu imploro."
O Actors Studio, em Nova Iorque, é uma das principais escolas que desenvolve uma particular forma de compreender o sistema que se tornou conhecida como Método, com grande ênfase no aspecto psicológico da construção da personagem. Entre muitos atores de cinema que participaram desta escola temos: Jack Nicholson, Marilyn Monroe, James Dean, Marlon Brando, Montgomery Clift, Steve McQueen, Paul Newman, Warren Beatty, Geraldine Page, Dustin Hoffman, Robert De Niro, Al Pacino, Jane Fonda, Benicio Del Toro, Mark Ruffalo, Johnny Depp e Sean Penn.

 Obras

português
  • A Preparação do Ator. Tradução: Pontes de Paula Lima (da tradução norte-americana). Rio de Janeiro: Civilização Brasileira. 1964.
  • A Construção da Personagem. Tradução: Pontes de Paula Lima (da tradução norte-americana). Rio de Janeiro: Civilização Brasileira. 1970
  • A Criação de um Papel. Tradução: Pontes de Paula Lima (da tradução norte-americana). Rio de Janeiro: Civilização Brasileira. 1972
  • Minha Vida na Arte. Tradução de Paulo Bezerra (do original russo). Rio de Janeiro: Civilização Brasileira. 1989.
russo
  • Moia Zhizn v Iskusstve (Minha Vida na Arte). 1925.
  • Rabota Aktera nad Soboj - v tvortsheskom protsesse perezhivanie. Tshast I (O Trabalho do Ator sobre si Mesmo - Parte 1) 1938.
  • Rabota Aktera nad Soboj - v tvortsheskom protsesse voploshshenija. Tshast II (O Trabalho do Ator sobre si Mesmo - Parte 2) 1948.
  • Rabota Aktera nad Rolju (O Trabalho do Ator sobre seu Papel). 1957
  • My Life in Art. Moscou. Foreign Languages Publishing. House, 1963 (publicado na URSS).
  • Sobranie sotshinenii (Obras Completas) 1951-1964. 8 vols.
  • Sobranie sotshinenii (Obras Completas) segunda edição 1988-1999. 9 vols.
espanhol
Estas publicações foram feitas diretamente da ed. russa e seu conteúdo difere das traduções ao português.
Há outras traduções ao espanhol que seguem a versão norte-americana de Hapgood.
  • El Trabajo del Actor Sobre su Papel. Tradução de Salomón Merener. Buenos Aires: Quetzal.1977.
  • El Trabajo del Actor Sobre Sí Mismo en el Proceso Creador de las Vivencias. Tradução de Salomón Merener. Buenos Aires: Quetzal. 1980
  • Mi Vida en el Arte. Tradução de Salomón Merener. Buenos Aires: Quetzal 1981
  • El Trabajo del Actor Sobre Sí Mismo en el Proceso Creador de la Encarnación. Tradução de Salomón Merener. Buenos Aires: Quetzal. 1983
  • Correspondencia. Tradução de Salomón Merener Buenos Aires: Quetzal.
inglês
Começam a ser publicadas versões completas de acordo com os originais russos.
  • My Life in Art Tradução Jean Benedetti, Routledge London and New
York 2008.
  • An Actor's Work. a Student's Diary. Tradução de Jean Benedetti unificando os dois volumes, seguindo o original russo 2009.
  • An Actor’s Work on a Role. Tradução de Jean Benedetti 2009.
alemão
Franco Ruffini aponta a edição alemã-oriental das obras completas, como outra edição “fiel” aos originais russos no ocidente
  • Bühne der Wahrheit.

 Livros e teses sobre Stanislavski

  • ASLAN, Odete. O Ator no Século XX. São Paulo: Perspectiva, 2006.
  • BONFITTO, Matteo. O Ator Compositor. São Paulo: Perspectiva.
  • DAGOSTINI, Nair. tese doutorado O método de análise ativa de K. Stanislávski Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH/USP)
  • GUINSBURG, Jacó. Stanislavski, Meierhold e Cia. São Paulo: Perspectiva.
  • GUINSBURG, Jacó. Stanislavski e o Teatro de Arte de Moscou. São Paulo: Perspectiva.
  • RIPELLINO, Angelo Maria. O Truque e a Alma. Tradução de Roberta Barni. São Paulo: Perspectiva.
  • RIZZO, Eraldo Pera. Ator e Estranhamento: Brecht e Stanislavski, Segundo Kusnet. São Paulo: Senac, 2001.
  • TAKEDA, Cristiane Layher. O Cotidiano de uma Lenda. São Paulo: Perspectiva.

 Artigos sobre Stanislavski

Fonte : Wikipédia, a enciclopédia livre.

sábado, 20 de agosto de 2011

Politicamente incorreto-banquinho e microfone-apresentador do CQC apresenta o novo espetáculo PÉSSIMA INFLUÊNCIA, na UFPE



O apresentador do CQC Rafinha Bastos visita novamente o Recife neste fim de semana. Desta vez, traz o solo de stand-up comedy Péssima infuência para o Teatro da UFPE, hoje, ás 21h, e no domingo, ás 20h. Se alguns já consideram o tom do humorista venenoso, na nova apresentação, o comediante está mais ácido. "O objetivo do meu texto não é ofender, e sim arrancar risadas com textos e temas não muito convencionais para um espetáculo de humor", contou Rafinha, que não perdoa nem a si mesmo, fazendo comentários sobre a sua religião (judaísmo) e naturalidade (gaúcho).
Péssima influência substituiu A arte do insulto, que teve dois tour pela capital pernambucana no segundo semestre do ano passado. Danilo Gentili e Marco Luque também foram outros humoristas que passaram por aqui. Assim como nas apresentações passadas, o público pode esperar que Rafinha fique sozinho no palco com microfone. Nada de personagem, cenário, iluminação, música ou figurinos especiais. É só ele, com um baquinhoe o microfone, comentando sobre assuntos do variados, desde religião, pena de morte, sexualidade, tecnologia... e assim por diante. A única restrição é que sejam observações do dia a dia, típicos do stand-up comedy.

Rafinha Bastos começou a apresentar no ano de 2004 em palcos paulistanos, seguindo o estilo inventado por norte-americanoscomo Jerry Seifield, Jay Leno, David Letterman e Whoopy Goldberg. E, de acordo com o jornalista, foi lá mesmo, no país do tia Sam, que ele teve o primeiro contato com o gênero. "Me apaixonei pela comédia de cara limpa porque vi nela uma possibilidade de aliar o meu conhecimento de ator e jornalista", explicou.
Rafinha Bastos está entre os 30 comediantes mais assistidos do mundo no YouTube. Seus vídeos, com trechos de apresentações, já soman mais de 70 milhões de visualizações. O comediante já foi considerado pelo jornal americano The New York Times como o dono do perfil Twitter mais influente do mundo. Mas faz tempo...

Péssima infuência-ingressos á venda na bilheteria
do Teatro da UFPE e nas lojas Via Sports dos Shoppings Recife e Tacaruna.
Preços : R$ 70, inteira e R$ 35, meia.

Fonte : Jornal do Commercio/ Caderno C.

Teatro para todas as idades no Apolo



Hoje, a diversão é para a garotada, com As aventuras de Zim e Zuta no Planeta do Sorriso, ás 16h30. O espetáculo será encenado pela Companhia Teatral Trevo Pernambucano e pelo Centro de Atenção Integral á Criança Prefeito José Alberto de Lima, no Cabo de Santo Angostinho. A direção e o texto, baseado na obra original de Roberto Villani, são de Hoton esteves. No enredo, dois astronautas buscam tesouros pelo universo e encontram um planeta da felicidade.
Mais tarde, ás 20h, o público pode conferir a montagem mais densa Ordinários e extrordinários, baseada no clássico da literatura da literatura russa Crime e Castigo de Dostoievski. Dirigido por César Leão. É representado pela Cia.Experimental de Teatro e Escola José Joaquim da Silva Filho, de Vitória de santo Antão. A montagem aposta em um clima de voyerismo. No palco, um casal ocupa um quarto e bebe vinho tinto enquanto discute o amor, ao som de blues e jazz.
No domingo, ás 16h30, a programação também pode ser aproveitada pelas crianças, com O Mágico de OZ. A peça é realizada pelo Grupo Mergulhão Teatral Infantil e Espaço Cultural Inácia Rapôso, com texto de Frank Baum, adaptação e direção de Ingrid Santos e hammai de Assis.


9° festival estundantil de teatro e dança-Teatro apolo
(Rua do Apolo, 121, Bairro do Recife. Telefone : 3355-3318/3319). Ingressos : R$ 5 (preço único promocional).

fonte : Jornal do Commercio/ Caderno C.

Algodão doce finaliza temporada no Hermilio



Hoje e domingo, as manifestações populares e a temática do ciclo da cana-de-açúcar estarão em cartaz, com o espetáculo Algodão doce. As apresentações deste fim de semana marcam o fim da temporada no Teatro Hermilo Borba Filho, Bairro do Recife, ás 16h30. A peça conta três historinhas de assombração entremeadas por músicas e coreografias inspiradas em temas como o meio ambinete e escravidão. 

Fonte : Jornal do Commercio/Caderno C.

COMEDIANO, A COMÉDIA DO COTIDIANO


Um grupo de atores tenta montar um drama. Mas, com o fracasso, resolvem revirar a história do teatro e criar uma comédia em que criticam a sociedade de sua época.


Teatro Alfredo de Oliveira.
Hoje, ás 18h. Entrada : R$ 20 e R$ 10 (meia).

Fonte : Jornal do Commercio/ Caderno C.

Músical Branca de Neve na Praça do Arsenal


No domingo, a dica para a criançada é assistir o musical infantil Branca de neve e os sete anões, com produção da Academia fátima Freitas. A peça encena o famoso filme da Disney e é baseada no conto dos irmãos Grimm. Os pequenos ainda poderão participar de shows de talentos, oficinas, jogos e brinquedoteca. Os eventos acontecem na Praça do Arsenal da Marinha, no Bairro do Recife. A programação é gratuíta e integra o projeto Viva o Recife Antigo.

fonte : Jornal do Commercio/ Caderno C.

A turma da Mônica anima da trindade

Foto : Google

Ainda para as crianças, o Sítio Trinade apresenta espetáculo infantil A Turma da Mônica, no domingo, a partir das 16h. O espetáculo tem a direção de Hugo Raffael e coreografias de Rodrigo Motta. Na peça, Cascão e Cebolinha querem provar pra Mônica e Magali que as brincadeiras de meninos são mais legais que as de meninas, além de elaborarem planos incríveis para roubar o coelhinho da Mônica. A entrada é gratuíta. No Teatro Hermilo Borba Filho.

Fonte : Jornal do Commercio/ Caderno C.

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

CIA MÁSCARAS DE TEATRO ESTREIA NOVO ESPETÁCULO INFANTIL NESTE SÁBADO (20)




A Cia Máscaras de Teatro estreia seu novo espetáculo neste final de semana. O infantil “Valentim e o Boizinho de São João” conta, através da linguagem dos bonecos, o atrapalhado encontro de Valentim com o Bumba-meu-boi. Tentando desatar os nós de Mateus e Catirina, Valentim se mete no meio de uma grande confusão envolvendo muita gente: Santo, Babau, Doutor e Dona Maria-da-ema. A peça tem música ao vivo e conta com vários efeitos especiais. O espetáculo entra em cartaz no Teatro Joaquim Cardozo, aos sábados e domingos, sempre às 16h30.
A realização é da Cia Máscaras de Teatro. O texto é de autoria de Ricardo Araujo e a direção da montagem é do ator, artesão, produtor e diretor Sebastião Simão Filho. A confecção dos bonecos é da equipe da Cia Máscaras de Teatro e a pintura foi de Lupércio Calabar. Os bonecos são todos de manipulação direta e por trás dos divertidos personagens estarão os atores-manipuladores Diego Lucena, Hellen Lailla, Renata Alves, o próprio Sebastião Simão Filho e Carlos da Cia Máscaras. A sonoplastia é assinada por Luiz Manuel e Diana.
 “Tem uma coisa que me apaixona no teatro infantil, é que é um momento de encontro familiar”, diz Sebastião, adiantando que a peça atinge todas as faixas etárias.
Foi no final de 2002 e comecinho de 2003 que os artistas da Cia Máscaras de Teatro arrumaram as malas e chegaram ao Recife, estimulados a encarar o desafio pelo diretor Sebastião Simão Filho, que na época tinha 38 anos. Nascido no ano 2000 em Petrolina, o grupo decidiu pegar a estrada com o sonho de viver da sua arte. Deu certo. É verdade que alguns integrantes desistiram, outros migraram para outros grupos, por alguns momentos o trabalho até parecia ter morrido, mas novos alunos entraram, se formaram, e a companhia continua viva até hoje. O paraibano Sebastião Simão Filho é um amante do teatro e da literatura desde a adolescência. Fez um curso na Europa com Eugenio Barba, ícone do teatro dos séculos XX e XXI, e determinou que levaria a sua arte para gente de todas as idades enquanto estivesse vivo. Atualmente realiza uma série de atividades na Cia Máscaras de Teatro, incluindo oficinas para atores, confecção de bonecos e outras atividades.

Serviço:
Valentim e o Boizinho de São João
Teatro Joaquim Cardozo
Sábados e domingos, às 16h30
Informações: 8727.7093

Fonte : Cia Máscaras de Teatro/Silvinha Góes.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Prefeitura de Garanhuns promove curso de Iniciação ao Teatro



Sendo realizado pelo segundo ano consecutivo, o Projeto Vem Ver Teatro, realizado pela Prefeitura de Garanhuns, através da Secretaria de Cultura, está convidando crianças e adolescentes, com idade a partir dos 11 anos, para participar de um curso de Iniciação ao Teatro, com inscrições gratuitas.
Colégio Estadual, no centro da Cidade; Escola São Cristóvão, na comunidade da Liberdade; Clube da Vivência, na Cohab 1; Escola Simoa Gomes, na Cohab 2 e Escola Duque de Caxias, na Vila do Quartel, são alguns locais onde o curso será ministrado.
Para realizar inscrição, os interessados devem comparecer nestes pontos, a partir desta quarta-feira (17), até a próxima sexta-feira (19), no horário das 19 às 22h. Serão apenas 25 (vinte e cinco) vagas por localidade.

Fonte : Blog Agenda Garanhuns.

Samir Yazbek

Foto de Samir Yazbek-fonte: Google.


O REGULAMENTO em SP
"Samir Yazbek coloca em cena, frente a frente, Deus e o Homem, num texto inteligente, perspicaz e original. Criador e criatura, ambos humanizados, têm uma discussão profunda e divertida sobre a finalidade da vida – ou o sentido da morte. A peça de Yazbek propõe uma reflexão interessante sobre temas transcendentais, num espetáculo que recebeu primorosa direção de William Pereira". Aguinaldo Ribeiro da Cunha (Diário de São Paulo)
"A qualidade do texto prende a atenção do espectador. (...) Vale conferir". Maria Lúcia Candeias (Gazeta Mercantil)
"Samir Yazbek, em O Regulamento, retoma a sobriedade da alegoria religiosa para dramatizar o inesgotável tema da crise metafísica do homem contemporâneo". Mariângela Alves de Lima (O Estado de São Paulo)
A MÁSCARA DO IMPERADOR em SP
"Os ideais calam ante a máscara de ferro de quem possui (ou é possído pelo) poder: concessões, omissões, sordidez, eufemismos. A 'atemporal' alegoria escrita por Samir Yazbek - com os atores - tem sua força crítica salientada pela economia cênica e bom ritmo desta montagem". Caderno Mais (Folha de São Paulo)
"O texto, de Samir Yazbek (A Terra Prometida e O Fingidor), possui fina ironia e remete à história recente de qualquer país latino-americano que tenha colocado o trem da economia à frente do carrinho de necessidades básicas da população". Cristian Avello Cancino (Istoé Gente)
"O autor mantém com bastante pulso o controle da narrativa, a qual empresta tom referencial que remete a fatos e episódios do exercício da política. Samir Yazbek constrói uma trama hábil de conchavos e acertos para a manutenção e o equilíbrio das forças no poder, descartadas as peças já inúteis". Macksen Luiz (Jornal do Brasil)
"Aliás, já se sabe que Yazbek é bom dramaturgo. (...) Ninguém duvida de suas habilidades na construção dramática propriamente dita. (...) Por suas qualidades, A Máscara do Imperador merece ser vista por todo mundo que gosta de teatro de texto. Pois é uma boa obra tanto na montagem como em matéria de elenco". Maria Lúcia Candeias (Gazeta Mercantil)
"Em múltiplos sentidos assistir A Máscara do Imperador, novo texto de Samir Yazbek, é prazeroso. Combinando excelência literária, desempenho do elenco, direção enxuta – bem a calhar – de William Pereira e o impulso ao questionamento digno de um Hamlet – agir ou não? – a peça, que está em cartaz no Galpão do Sesc Belenzinho, certamente é uma das mais intrigantes da temporada rica quantitativamente mas que, qualitativamente, deixa a desejar". Michel Fernandes (Aplauso Brasil)
"Apesar do potencial panfletário, a trama trilha o caminho da ironia, que recai sobre as íntimas relações entre os personagens. (...) O diretor William Pereira estruturou a cena com base na movimentação das peças de um tabuleiro de xadrez. A idéia serve bem ao texto de Yazbek. (...) Seu novo espetáculo vale-se da pertinência do tema e das boas interpretações para conquistar a platéia". Mônica Santos (Veja São Paulo)
"Yazbek toca no velho nervo exposto da política: não verás país algum no toma-lá-dá-cá". Valmir Santos (Folha de São Paulo)
A ENTREVISTA em SP
"Samir Yazbek volta com outra profunda sondagem da alma humana, como fizera lindamente em O Fingidor, esmiuçando o nojo existencial de uma escritora, tomada ainda por uma crise de criatividade artística. Yazbek é – ao lado de Luís Alberto de Abreu – de longe, o mais adulto de seus colegas de geração". Afonso Gentil (Aplauso Brasil)
"Com absoluta candura, o texto concentra-se sobre o impulso criador (...) O assunto é uma reflexão ética sobre o fazer artístico (...) Nesta peça, em que a tarefa é evidenciar um processo introspectivo (...)" Mariângela Alves de Lima (O Estado de São Paulo)
"Nunca Samir Yazbek esteve tão strindberguiano como em A Entrevista: a obediência estrita à unidade de tempo e espaço, fazendo a peça se desenrolar em tempo real, na duração de um programa de TV, com cada gesto e fala sendo controlados por câmeras que se adivinham, dão ao espetáculo uma estrutura rigorosa, que exige uma grande maturidade dos artistas e público envolvidos. Essa falta de concessões garante o fascínio da montagem". Sérgio Salvia Coelho (Folha de São Paulo)
"Escritora de sucesso enfrenta uma crise de identidade e ainda é obrigada a revelar problemas pessoais em um programa de entrevistas, sob o comando do ex-marido. Em linhas gerais, eis o resumo de A Entrevista, a mais recente peça de Samir Yazbek. O confronto, porém, permite ao espectador descobrir uma encenação que finalmente valoriza a palavra, dispensando recursos técnicos que servem apenas para entreter". Ubiratan Brasil (O Estado de São Paulo)
"A palavra é salvaguarda da personagem de Lígia Cortez em expiação amorosa pela TV (...) Lígia Cortez disseca o ato criador pelas palavras de Yazbek"." Valmir Santos (Folha de São Paulo)
O INVISÍVEL em SP
"O Invisível, de Samir Yazbek, um dos melhores autores da atual geração desde O Fingidor, agora num embate plangente entre um jovem e um velho, ou, no plano fabulístico, entre os abismos que separam irremediavelmente as gerações, usando da sempre eletrizante dialética pirandeliana. Grande momento do sempre excelente ator Helio Cicero, bem acompanhado por um Daniel Warren em franca ascensão" Afonso Gentil (Site Aplauso Brasil)
"Não quero saber nem de 'contudos', nem de literatices: O Invisível é teatro puro, quente! E essa união, Samir, Maucir e Helio, é estupenda". Antunes Filho (diretor teatral)
"O riso fácil e as situações corriqueiras não têm vez na dramaturgia do paulistano Samir Yazbek. Em O Invisível, sua sétima peça, o ator Helio Cicero aparece na escuridão do palco na maior parte do tempo. Ele dá corpo e voz a um homem que garante não ser visto por ninguém – exceto pelo rapaz (Daniel Warren) que acabou de conhecer. O jovem é, portanto, sua única esperança para contatar o filho que o ignora. Dirigidos por Maucir Campanholi, os atores conduzem um tenso e inusitado diálogo sobre as relações humanas. Seu desfecho abrupto e sem respostas deixa com a platéia o difícil exercício de reflexão". Mônica Santos (Revista Veja São Paulo)
"Assim, parece que Samir Yazbek encontrou a forma adequada para expor sua visão de mundo no teatro (...) Em O Invisível revela o tom poético, dentro de forma exata, adequada e econômica, para expor sua visão pessimista das relações humanas nos dias atuais. No curto percurso de uma peça para a outra (A Entrevista), o autor revela ter conquistado domínio técnico na articulação de estilos para a depuração do seu estilo pessoal (...) A massa dramática, puxada para o expressionismo e resvalando no melodrama com que Helio Cicero desenha o homem 'invisível', conseguindo na longa cena inicial sustentá-lo cenicamente apenas com a voz, contrasta com a 'naturalidade' esquálida com que Daniel Warren compõe o jovem. O contraste é cheio de significado e muito bem administrado pelos dois atores, proporcionando à encenação uma qualidade metafísica e transcendental, dando vigor e beleza ao espetáculo". Sebastião Milaré (Site Antaprofana)
AS FOLHAS DO CEDRO em SP
“As Folhas do Cedro é um acerto no texto, no elenco e na direção”. Antunes Filho (diretor teatral)
“Baseado em um personagem real – o poeta Fernando Pessoa (1888-1935) –, o dramaturgo Samir Yazbek atingiu o auge com a peça O Fingidor (1999). Uma década depois, com As Folhas do Cedro, ele reencontra a inspiração ao traçar um paralelo entre um drama íntimo ficcional e uma questão da vida brasileira”. Dirceu Alves Jr. (Revista Veja São Paulo)
“Temos certeza que, se obstáculos maiores não forem colocados no caminho de Yazbek (...), teremos garantido uma contribuição mais contundente para a moderna dramaturgia brasileira, do que fizeram antes Jorge Andrade, Naum Alves de Sousa, ou mesmo Vianinha (Oduvaldo Vianna Filho), quando este último se dedicava à reconstrução da família brasileira, nos palcos”. Jair Alves (Site Cooperativa Setenta e Nove)
“Magia, palavra fácil, mas é o que ocorre quando o elenco de As Folhas do Cedro deixa lentamente o palco (...). Seguro da escrita e das emoções a transmitir, o dramaturgo, ele mesmo, coloca sua obra no palco, e o resultado é excelente (...). A cena de chuva é a síntese eloqüente de um espetáculo emotivo com um elenco exato”. Jefferson Del Rios (O Estado de São Paulo)
“Raramente assisti a uma peça em que todos os aspectos se conjugam para produzir um grande espetáculo teatral: direção, interpretação, iluminação, trilha e um texto eivado de delicadeza e sensibilidade”. Maria Adelaide Amaral (dramaturga e escritora)
“As Folhas do Cedro, como os textos de Yazbek, é bem escrito (...) A obra foi produzida, também, em homenagem à comemoração dos 130 anos da imigração libanesa no Brasil. E é uma bela homenagem, também, devido ao excelente espetáculo, o segundo dirigido por Yazbek a que assisti”. Maria Lúcia Candeias (Site Aplauso Brasil)
“O espetáculo, com texto e direção de Samir Yazbek, contagia pela universalidade das emoções e situações. Claro, aliada a uma delicadeza cênica de grande bom gosto (...) O grande êxito do diretor-dramaturgo (não há como separar as funções em Yazbek) foi o de dar ao espetáculo um certo toque fabuloso”. Tiago Gonçalves (Correio Popular)
“Yazbek, que também assina a direção, desenha uma encenação que transpira lirismo e singeleza (...) Trata-se de um espetáculo sensível, que se vale de uma trama simples para falar de coisas profundas, como a sempre bem vinda tentativa de se reatar laços que um dia foram rompidos”. Vinício Angelici (Site Stravaganza)

Autoria

  • 1988 - Uma Família à Procura de um Ator (Teatro)
  • 1994 - Arquipélago (Teatro)
  • 1998 - Antes do Fim (Teatro)
  • 1999 - O Fingidor (Teatro)
  • 2001 - A Terra Prometida (Teatro)
  • 2002 - O Regulamento (Teatro)
  • 2004 - A Entrevista (Teatro)
  • 2004 - A Máscara do Imperador (Teatro)
  • 2006 - O Invisível (Teatro)
  • 2006 - Vestígios (Televisão)
  • 2007 - O Fingidor (Televisão)
  • 2007 - Dialogos das Sombras (Teatro)
  • 2009 - A Noite do Barqueiro (Teatro)
  • 2010 - As Folhas do Cedro (Teatro)

Direção

  • 1998 - Antes do Fim (Teatro)
  • 1998 - Nossa Cidade, de Thornton Wilder (Teatro)
  • 1999 - O Fingidor (Teatro)
  • 1999 - A História de Tobias e Sara, de Paul Claudel (Teatro)
  • 2006 - Vestígios (Televisão)
  • 2007 - O Fingidor (Televisão)
  • 2009 - A Noite do Barqueiro (Teatro)
  • 2010 - As Folhas do Cedro (Teatro)

Publicações

  • 2000 - Uma Cena Brasileira (coletânea de depoimentos - organizador) - Editora Hucitec
  • 2004 - A Terra Prometida (peça) - Centro Cultural São Paulo (CCSP)
  • 2004 - O Fingidor (peça) - Editora Ática
  • 2006 - O Teatro de Samir Yazbek (peças O Fingidor, A Terra Prometida e A Entrevista) - Coleção Aplauso, da Imprensa Oficial do Estado de São Paulo
  • 2008 - Os Gerentes (peça inédita) - Editora Unicamp
  • 2010 - O Último Profeta (peça inédita incluída no livro "Primos") - Editora Record
Fonte : SP Escola de Teatro (www.spescoladeteatro.org.br)