terça-feira, 28 de agosto de 2012

Grupo Teatral "GUERREIROS DA ARTE", apresenta:

Monólogo de Anton Tchekhov: "Os Maleficios do Tabaco ".









Fotos tiradas na apresentação do monólogo no salão da igreja da Vila, do bairro de São Pedro, Belo Jardim-PE.

PROJETO CULTURA LIVRE NAS FEIRAS, do FUNDARPE.

Nesta segunda feira (03/09/2012), ás 8:00 da manhã, no pátio da feira-livre de Belo Jardim-PE; sonoplastia: Islane Sousa; figurinos, encenação e direção: Ellyson Martins.
Trailer do monólogo "OS MALEFÍCIOS DO TABACO",de Anton Tchekhov.

• SINOPSE DO MONÓLOGO:

Do escritor russo Anton Tchekhov, texto cômico, porém, com certas cenas dramáticas . O monólogo

 conta a história de Ivan Ivanovitch Nioukhine, um homem culto, educado, inteligente,mas muito nervoso, demonstra isso claramente e chega até mesmo a dizer, pois o seu olho direito pisca repetitivamente quando está ministrando uma conferência, segundo ele. È martirizado e humilhado pela própria esposa, tendo que suportar tudo, pois o dinheiro que eles recebem para sobreviver vem da escola de música e do pensionato de sua conjugue, é forçado a fazer conferências para fins beneficientes. Anos e anos sem ter com quem dialogar, ou até mesmo desabafar, o leva a ver na platéia de sua conferência, essa sobre “OS MALEFÍCIOS DO TABACO“(daí o título), uma oportunidade única de falar o que quiser, mas com receio, olhando para os bastidores do palco, amendrontado, temendo que ela chegue a qualquer momento. Além de sua esposa ser uma megera, é também avarenta, conflituosa e mesquinha, a razão disso, é porque não convida nenhum cavalheiro para ir até sua casa, para ter uma prosa com uma de suas sete filhas, que são muito tímidas. Num momento de lucidez acaba por desejar ser uma árvore, só para ter um pouco de paz. Em fúria incontrolável momentânea, surta, tira raivosamente a casaca, o arremessa no chão, pisa em cima...até ficar totalmente derrotado em sua tristeza absoluta. Mas, quando vê que sua esposa se aproxima, se veste rapidamente e apavoradamente, e se recompõe, como se nada tivesse acontecido, com os olhos da megera, voltado para o pobre homem, encerra triunfalmente a conferência, e se retira.


Serviço: monólogo teatral "OS MALEFÍCIOS DO TABACO", de Anton Tchekhov.
Sonoplastia: Islane Sousa;
Figurinos, encenação e direção: Ellyson Martins;
Local: pátio da feira livre, de Belo Jardim-PE;

Horário: 8:00 da manhã;
Realização: GRUPO TEATRAL "GUERREIROS DA ARTE", participante do projeto "CULTURA LIVRE NAS FEIRAS", do FUNDARPE.


Nelson Rodrigues-frases famosas:

Nelson Rodrigues.

A prostituta só enlouquece excepcionalmente. A mulher honesta, sim, é que, devorada pelos próprios escrúpulos, está sempre no limite, na implacável fronteira.

A plateia só é respeitosa quando não está entendendo nada.

Não se apresse em perdoar. A misericórdia também corrompe.

Só o rosto é indecente. Do pescoço para baixo, podia-se andar nu.

A liberdade é mais importante do que o pão.

Nada mais doce, nada mais terno, do que um ex-inimigo.

O sábado é uma ilusão.

Não acredito em honestidade sem acidez, sem dieta e sem úlcera.

As grandes convivências estão a um milímetro do tédio.

Só o cinismo redime um casamento. É preciso muito cinismo para que um casal chegue às bodas de ouro.


O amor entre marido e mulher é uma grossa bandalheira. É abjecto que um homem deseje a mãe dos seus próprios filhos

O povo é um débil mental. Digo isso sem nenhuma crueldade. Foi sempre assim e assim será, eternamente.

Em muitos casos, a raiva contra o subdesenvolvimento é profissional. Uns morrem de fome, outros vivem dela, com generosa abundância.

Hoje, o sujeito prefere que lhe xinguem a mãe e não o chamem de reacionário.

Sou um pobre nato e, repito, um pobre vocacional. Ainda hoje o luxo, a ostentação, a jóia, me confundem e me ofendem.

Havia, aqui, por toda parte, 'amantes espirituais de Stalin'. Eram jornalistas, intelectuais, poetas, romancistas. Outros punham nas paredes retratos de Stalin. Era uma pederastia idealizada, utópica e fotográfica.

Vocês se lembram da fotografia de Stalin e Ribbentropp assinando o pacto nazi-comunista. Ninguém pode esquecer o riso recíproco e obsceno. Se faltou alguém em Nuremberg — foi Stalin.

Tão parecidos, Stalin e Hitler, tão gêmeos, tão construídos de ódio. Ninguém mais Stalin do que Hitler, ninguém mais Hitler do que Stalin.

A Rússia, a China e Cuba são nações que assassinaram todas as liberdades, todos os direitos humanos, que desumanizaram o homem e o transformaram no anti-homem, na antipessoa. A história socialista é um gigantesco mural de sangue e excremento.

É preciso ir ao fundo do ser humano. Ele tem uma face linda e outra hedionda. O ser humano só se salvará se, ao passar a mão no rosto, reconhecer a própria hediondez.


Fonte: www.frasesfamosas.com.br

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Nelson Rodrigues-frases famosas:

Nelson Rodrigues.

No Centenário de Nelson Rodrigues, mas um matéria especial: as famosas frases, confiram: 

Todo amor é eterno e, se acaba, não era amor.

Qualquer um de nós já amou errado, já odiou errado.

O casamento não é culpado de nada. Nós é que somos culpados de tudo.

Toda família tem um momento em que começa a apodrecer. Pode ser a família mais decente, mais digna do mundo. Lá um dia aparece um tio pederasta, uma irmã lésbica, um pai ladrão, um cunhado louco. Tudo ao mesmo tempo.

O aborto é uma coisa de Jack, o Estripador.

A morte é um grande despertar.

Não damos importância ao beijo na boca. E, no entanto, o verdadeiro defloramento é o primeiro beijo na boca. A verdadeira posse é o beijo na boca, e repito: - é o beijo na boca que faz do casal o ser único, definitivo. Tudo mais é tão secundário, tão frágil, tão irreal.

Toda mulher bonita é um pouco a namorada lésbica de si mesma.

Não diga jamais a um pretendente seu que se julga feia. Ele poderá não ter percebido e fará então a descoberta.

O puro é capaz de abjeções inesperadas e totais e o obsceno, de incoerências deslumbrantes. Somos aquela pureza e somos aquela miséria. Ora aparecemos varados de luz, como um santo de vitral, ora surgimos como faunos de tapete.?


o amor não deixa sobreviventes

A bola tem um instinto clarividente e infalível que a faz encontrar e acompanhar o verdadeiro craque.

O futebol não vive de iluminações pessoais. Um time tem que ser, como tal, um conjunto harmônico e potente.

O asmático é o único que não trai.

Que Brasil formidável seria o Brasil se o brasileiro gostasse do brasileiro.

Qualquer um tem seus íntimos pântanos.

Quero crer que certas épocas são doentes mentais. Por exemplo: a nossa.

Não ama seu marido? Pois ame alguém, e já. Não perca tempo, minha senhora!

Se cada um soubesse o que o outro faz dentro de quatro paredes, ninguém se cumprimentava.

Um filho, numa mulher, é uma transformação. Até uma cretina quando tem um filho melhora.


Fonte: www.frasesfamosas.com.br

Amanhã teremos mais frases...aguardem...!

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Peça teatral "VAMU BUTÁ FURANU!", no Distrito de Xucurú-Belo Jardim-PE





Serviço: Peça teatral "VAMU BUTÁ FURANU!" do grupo teatral "VAMU BUTÁ FURANO!"
Elenco: alunos do curso Teatro-Identidade;
Direção: Licurgo Spínola;
Horário: 16:30 (quatro e meia da tarde);

Entrada franca!!! Não percam!!!

terça-feira, 21 de agosto de 2012

LEITURAS TEATRAIS NO CENTRO CULTURAL CORREIOS‏



Projeto “Que Maravilha!” promove leituras teatrais de autores pernambucanos a partir desta segunda (27) no Centro Cultural Correios

            Depois do sucesso dos ciclos de leituras teatrais Que Absurdo!, resgatando peças do Teatro do Absurdo, em 2010 e do Que Comédia!, trazendo autores da Commedia Dell´Arte, em 2011, a Duas Companhias, de Livia Falcão e Fabiana Pirro, inicia na próxima semana o ciclo Que Maravilha!, que será realizado mais uma vez em parceria com o Centro Cultural Correios. Desta vez os textos trazidos à luz serão todos de autores pernambucanos. Começa nesta segunda (27) e terça (28) com o texto “Um Paroquiano Inevitável”, de Hermilo Borba Filho.
O texto, de 1965, retrata uma família em meio às crises, surpresas e epopeias da vida diária de cada um. No elenco estão Agrinez Melo, Bernardo Valença, Mário Sérgio Cabral, Cláudio Ferrario, Sônia Bierbard, Luciano Pontes, José Mário Austregésilo, Flávio Louzas e Fabiana Pirro. Nesta primeira apresentação do ciclo, a direção será de Livia Falcão.
Toda última segunda e terça de cada mês, até novembro, a cada apresentação, diferentes atores e diretores convidados para se integrar ao programa, uma fórmula encontrada pela Duas Companhias para levar ao público vários talentos já consagrados e artistas iniciantes também. Para setembro, dias 24 e 25, o texto eleito foi “A Peleja dos Mil Anos”, de Cláudio Ferrario; em outubro, dias 29 e 30, “A Dona da História”, de João Falcão e em novembro Osman Lins com “O Mistério das Figuras de Barro”.
Depois do sucesso do projeto Que Absurdo!, com a realização até de algumas sessões extras por causa do público numeroso que disputava as leituras dramáticas em 2010, todas resgatando peças do Teatro do Absurdo, a companhia teatral Duas Companhias decidiu fazer o “Que Comédia!”, com textos que marcaram a Commedia Dell´Arte. A temporada foi mais uma vez um grande sucesso. Agora, são os autores pernambucanos que ganham destaque.

Serviço:
 Que Maravilha!
Ciclo de Leituras do Teatro Pernambucano
Auditório do Centro Cultural Correios, às 20h
Avenida Marquês de Olinda, 262, Bairro do Recife
Entrada Gratuita
Dias 27 e 28 de agosto

Fonte: DE: DUAS COMPANHIAS / CENTRO CULTURAL CORREIOS / Silvinha Góes

DANÇA - GRUPO PERNAMBUCANO EM SÃO PAULO‏


Coletivo Lugar Comum integra programação
do Projeto Modos de Existir em São Paulo

O evento vai movimentar o SESC Santo Amaro (SP) dos dias 28 de agosto a 02 de setembro unindo coletivos de criação artística em dança de todo o Brasil. O pernambucano Coletivo Lugar Comum foi convidado para participar da programação artística, com a Noite de Performances Corpos Compartilhados, no próximo dia 28 de agosto e também coordena a última mesa de debates da programação, dia 02 de setembro.

            A partir desta terça (28), coletivos de criação artística em dança de várias partes do Brasil se reúnem em São Paulo, na programação do Projeto Modos de Existir, do SESC Santo Amaro. De acordo com a organização, o projeto pretende discutir as várias maneiras de existir da dança e como ela habita o espaço cultural. Estas discussões terão como ponto de partida a produção de dança contemporânea por meio de apresentações, encontros, workshops e debates, levando em consideração a diversificação das formas de produção da dança como linguagem artística nos aspectos criativo e econômico. O encontro que começa nesta terça corresponde ao primeiro módulo do programa, focado nos coletivos. A ideia é ainda este ano, em novembro, reunir as companhias e grupos. Segue ainda em 2013 e 2014. (Mais informações em http://santoamaroemrede.wordpress.com/modos-de-existir ou em www.sescsp.org.br).
            Além do Coletivo Lugar Comum (PE), participam o Coletivo O12 (SP), Dimenti (BA), Agregado de Artistas (SP), Couve-flor (PR), Sala 209 (RS), Núcleo do Dirceu (PI), Coletivo de Criação (MG) e Micheline Torres (RJ). Durante uma semana, de 28/08 a 02/09, haverá encontros provocativos com debates abertos e entrada gratuita sempre às 15h. A cada tarde um grupo vai coordenar a mesa. O Coletivo Lugar Comum encerra a programação dos Encontros Provocativos com o tema “Mobilidade como vantagem e desvantagem”, discutindo o artista do coletivo e a possibilidade de atuar em vários espaços e com várias pessoas ao mesmo tempo, no domingo, dia 02 de setembro.
            Todas as noites haverá apresentações abertas ao público, ingressos a R$ 12,00 e R$ 6,00. O Coletivo Lugar Comum será o primeiro a se apresentar, com o trabalho Corpos Compartilhados, na terça (28), às 21h. Com mudanças e inovações propostas pelos artistas, o espetáculo que conquistou o prêmio do público no último Janeiro de Grandes Espetáculos, no Recife, terá algumas surpresas inéditas em sua execução.
A Noite de Performances Corpos Compartilhados é composta por quatro solos de dança: Topografias do Feminino, solo de Liana Gesteira; OSSevaO (que é a expressão “o avesso” escrita ao contrário), de Silvia Góes; Pé de Saudade, de Maria Agrelli; Valsa.me, de Cyro Morais. Os trabalhos foram criados por integrantes do Coletivo Lugar Comum a partir de um pensamento de performance e têm em comum discutir em seus corpos, memórias e vivencias, suas e dos outros que nos habitam. Com uma disposição cênica que prioriza a aproximação com o público, os Corpos Compartilhados proporcionam uma noite intimista e sensorial, compartilhando com todos os presentes ideias e sentimentos, memórias e criações. O Coletivo Lugar Comum é formado por 11 artistas: Maria Agrelli, Renata Pimentel, Roberta Ramos, Paloma Granjeiro, Luciana Raposo, Cyro Morais, Priscilla Figueiroa, Silvia Góes, Liana Gesteira, Renata Muniz e Juliana Beltrão. O grupo completo embarca nesta segunda, dia 27 de agosto.

Abaixo a programação completa do evento.

DANÇA

MODOS DE EXISTIR
O projeto pretende discutir as várias maneiras de existir da dança e como ela habita o espaço cultural. Estas discussões terão como ponto de partida a produção de dança contemporânea por meio de apresentações, encontros, workshops e debates. Neste primeiro módulo, destaca-se o conceito de Coletivo como uma possível estratégia de atuação e produção da dança contemporânea.

bate-papo

Encontros Provocativos - Coletivo Acaba?
Diante da dissolução, avisada ou recente, de alguns coletivos de dança que perguntam se coletivos nascem com data para findar, não só buscando sua lógica e modo de produção e relação com o mercado cultural, mas também suas estratégias de comunicação, internas e externas, que justifiquem e fortaleçam sua existência. Mediação de Nirvana Marinho. Local: Espaço das Artes. Grátis.
Não recomendado para menores de 14 anos

28/08. Terça, 15h.
Santo Amaro

Encontros Provocativos - A Quem Você Pertence?
A ideia de fazer parte de um coletivo, longe de ser moda ou fácil, exige do artista um posicionamento diante da realidade. Consciente e atuante, como os artistas em coletivos de dança lidam com a tribalização da comunidade formada: vira grupo porque todos pensam de forma semelhante, ou gera conflito porque todos pensam de forma diferente, ou ainda como reagem diante da sensação de "ser daquele coletivo"? Mediação de Nirvana Marinho. Local: Espaço das Artes. Grátis.
Não recomendado para menores de 14 anos

29/08. Quarta, 15h.
Santo Amaro

Encontros Provocativos - Modos de Produção nos Coletivos, Como se Renovam?
Muitos coletivos, com novos recursos nos últimos anos, tem proposto novas formas de ação que não se limitam a apresentação dos seus espetáculos, nem a oferta de oficinas, mas sim articulam novas esferas do fazer artístico, como gestão e parcerias. Como isso caracteriza o modo de produção coletiva? Mediação de Nirvana Marinho. Local: Espaço das Artes. Grátis.
Não recomendado para menores de 14 anos

30/08. Quinta, 15h.
Santo Amaro

Encontros Provocativos - Coletivo Ser Zelig
Na metáfora do filme de Woody Allen, a intenção é ouvir dos artistas como se influenciam mutuamente; se veem um no outro, como se apropriam ou colaboram um com o outro. A questão aqui, além de ética e estética, é da ordem da autoria e da subjetividade que fazem parte da prática em coletivos. Mediação: Nirvana Marinho. Local: Espaço das Artes. Grátis.
Não recomendado para menores de 14 anos

31/08. Sexta, 15h.
Santo Amaro

Encontros Provocativos - Estratégias para ter público
Os coletivos, articulando-se com outras linguagens, vem atraindo novos públicos para a dança, seja em relação com a educação, ou com áreas afins, como performance, vídeo. Como cada um vem fazendo isso e quais são as implicações testadas. Inclusive com a expectativa de públicos diversos neste encontro, o objetivo é assistir casos de alcance e relação com o público da parte dos coletivos convidados. Teatro. Grátis.
Não recomendado para menores de 14 anos

01/09. Sábado, 15h.
Santo Amaro

Encontros Provocativos - Mobilidade como vantagem e como desvantagem
"Eu sou de ninguém, eu sou de todo mundo e todo mundo é meu também". O artista no coletivo atua, ao mesmo tempo, dentro e fora, aqui e acolá, trabalha com estes mas pode também trabalhar com aqueles. Tem maior mobilidade que um dançarino de companhia, por exemplo. Será? Mediação: Nirvana Marinho. Espaço das Artes. Grátis.
Não recomendado para menores de 14 anos

02/09. Domingo, 15h.
Santo Amaro

espetáculos

Noite de Performances Corpos Compartilhados - Lugar Comum (Recife – PE)
Composta por quatro solos de dança contemporânea: Topografias do Feminino, solo de Liana Gesteira; OSSevaO (que é a expressão “o avesso” escrita ao contrário), Silvia Góes; Pé de Saudade, Maria Agrelli; Valsa.me, de Cyro Morais, criados por integrantes do Coletivo Lugar Comum a partir de um pensamento de performance. Os trabalhos têm em comum discutir em seus corpos, memórias e vivencias, de outros. Com uma disposição cênica que prioriza a aproximação com o público, os Corpos Compartilhados proporcionam uma noite intimista e sensorial, compartilhando com todos os presentes ideias e sentimentos, memórias e criações. A Coletivo é formado por 11 artistas: Maria Agrelli, Renata Pimentel, Roberta Ramos, Paloma Granjeiro, Luciana Raposo, Cyro Morais, Priscilla Figueiroa, Silvia Góes, Liana Gesteira, Renata Muniz e Juliana Beltrão. Local: Espaço das Artes.
Não recomendado para menores de 14 anos
R$ 12,00 (inteira); R$ 6,00 (usuário matriculado no SESC e dependentes, +60 anos, estudantes e professores da rede pública de ensino). R$ 3,00 (trabalhador no comércio e serviços matriculado no SESC e dependentes).
28/08. Terça, 21h.
Santo Amaro

Tombé - Dimenti (Salvador – BA) e Quando se desprendem as partes - Coletivo O12 (Votarantim - SP)
Tombé - reflete sobre paradigmas e modismos correntes presentes em configurações coreográficas e em discursos produzidos sobre dança em nível acadêmico e pedagógico. O trabalho discute também sobre o modo como o corpo que dança é formado, problematizando a ideia de um corpo enciclopédico ou depositário de técnicas. Tombé investe em mitos e estereótipos recorrentes na dança em suas diferentes abordagens e estilos. O espetáculo é configurado num formato de palestra ilustrada, elaborada por meio de exercícios metalinguísticos e irônicos que criam tensões e descolamentos entre os objetos apresentados e os comentários feitos sobre estes e entre os artistas da cena e suas dinâmicas identificações. Relações de poder são estabelecidas na obra pela movimentação, pela fala e por hierarquias solidificadas historicamente nos tratos entre professor e aluno, diretor e dançarino, dançarino e dançarino, calcadas em aspectos como gênero, raça, linguagens estéticas e função/titulação profissional. Quando se desprendem as partes - Resultado da pesquisa que há 4 anos vem sendo desenvolvida pelo intérprete Thiago Alixandre discute e traz a tona a ideia de conquista de autonomia em sistemas vivos. A obra questiona sobre a fatal naturalidade do desprendimento das partes face a seu amadurecimento, indaga sobre o desprendimento não natural, sobre o aborto das partes, sobre a impossibilidade de desprendimento de partes e suspende perguntas em torno de questões como prática da autonomia e permanência. Produzida no período de 2008 a 2009 a obra em Votorantim – SP, a obra foi contemplada pelo Prêmio Funarte de Dança Klauss Vianna 2008 e 2010. Quando se desprendem as partes foi estreada em Novembro de 2009 no Festival Contemporâneo de São Paulo. A obra foi inspirada e desenvolvida a partir do contato com as ideias do Prof. Jorge de Albuquerque Vieira. Local: Teatro.
Não recomendado para menores de 14 anos
R$ 12,00 (inteira); R$ 6,00 (usuário matriculado no SESC e dependentes, +60 anos, estudantes e professores da rede pública de ensino). R$ 3,00 (trabalhador no comércio e serviços matriculado no SESC e dependentes).
29/08. Quarta, 21h.
Santo Amaro

Jardim Equatorial - Um Agregado de Artistas (SP) e Um Corpo Que Causa - Dimenti (Salvador – BA)
O Jardim Equatorial é um campo comum, que traz à tona a ideia de um “common” (pedaço de terra de uso coletivo durante a Idade Média), para se realizar cruzamentos entre conhecimentos diversos e assim “germinar”, "florescer” o novo; não a novidade, mas a potência capaz de ressignificar a arte enquanto promotora de desdobramentos e outros modos de vida e de arte. Coordenação de Thelma Bonavita em parceria com vários artistas agregados: Ana Dupas, Andrez Lean Ghizze, Caio César, Dani Spadotto, Dani Glamour, Eduardo Sene, Eidglas Xavier, Gabriela Vanzetta, Paula Borghi, Mavi Veloso e Thiago Costa. Um corpo que causa - Jorge Alencar: ato coreomusical que embaralha diferentes referências musicais e corporais para criar dimensões possíveis de corpo, subjetividade, prazeres e afetos. O trabalho propõe estratégias de produção de sexualidades como espaços de delírio. Local: Espaço das Artes.
Não recomendado para menores de 14 anos
R$ 12,00 (inteira); R$ 6,00 (usuário matriculado no SESC e dependentes, +60 anos, estudantes e professores da rede pública de ensino). R$ 3,00 (trabalhador no comércio e serviços matriculado no SESC e dependentes).
30/08. Quinta, 21h.
Santo Amaro

Ensaio Aberto: Pequenas Histórias sobre Pessoas e Lugares - Micheline Torres (RJ)
Apresentação em "work in progress" que pesquisa histórias e ficções acerca de imigrantes, suas trajetórias e tentativas de acolhimento em outras localidades. Esta nova pesquisa nasce do trabalho anterior, "Eu Prometo, isto é Político". Como ponto de partida para este novo trabalho, Micheline Torres propõe-se trabalhar sobre o material excluído, jogado fora, não utilizado em "Eu Prometo, isto é Político" e sobre a ideia de ser excluído, jogado fora, descartado, não pertencer ao lugar. É o terceiro solo do projeto "Meu Corpo é Minha Política", iniciado em 2006, e formado pelos solos "CARNE", "Eu Prometo, isto é Político" e "Pequenas Historias sobre Pessoas e Lugares" e já percorreu 18 cidades no Brasil e 8 países, tendo sido contemplado com o Premio Funarte Klauss Vianna de Dança 2009 e 2011, o edital FADA 2012/Secretaria Municipal de Cultura RJ, o programa de residência de pesquisa do Centre National de la Danse/Paris, prêmio de residência Centre International des Récollets/Paris, programa de residencia NRW/TanzHaus Dusseldorf. Micheline Torres é bailarina, coreógrafa e performer. Formada em ballet clássico e dança contemporânea. Estudou Artes Cênicas na UNI-RIO e Filosofia na UFRJ. Trabalhou por 12 anos como bailarina e assistente da Lia Rodrigues Companhia de Danças. Desde 2000 desenvolve trabalhos próprios situados entre a dança contemporânea, a performance e as artes visuais. Integrante do coletivo internacional Sweet&Tender Collaborations. Local: Espaço das Artes. Grátis.
Não recomendado para menores de 14 anos

31/08. Sexta, 19h.
Santo Amaro

Game Cênico – Experiência com Plateias Ativas - Coletivo O12 (Votorantim - SP)
No entendimento que a autonomia não pode se deter ao nosso palco, o interesse é inundar a plateia com condições de relacionamento com a obra que emancipem o espectador e o autonomize do papel passivo de mero receptor de mensagens. Face a essa compreensão foi desenvolvida a experiência “Game Cênico”, na lógica de um jogo. O trabalho se organiza em parceria com a plateia. Tudo funciona mesmo como um jogo, onde os bailarinos são avatares e a plateia, jogadores, tudo numa relação de co-dependência. A plateia nessa obra tem papel fundamental e a sua formação inicia na medida em que ela encosta na experiência de quem dança. A obra funciona nesse caso como uma espécie de dispositivo treinador do olhar do público, que experimenta e exercita a percepção sobre as leituras do corpo que dança. Numa performance interativa entre performer e plateia a tentativa é a de aproximar e treinar o olhar do público para ler e traduzir os textos gestuais, as frases coreográficas e a gramaticalidade corporal que produz o corpo do bailarino. Local: Teatro. Grátis.
Não recomendado para menores de 14 anos

31/08. Sexta, 10h30.
Santo Amaro

Kodak - Couve-flor (Curitiba – PR)
Solo de Neto Machado. Kodak é uma dança em frames, um toyart coreográfico, uma peça analógica sobre uma era digital. No novo trabalho de Neto Machado, tudo se ergue e se desmancha com a mesma facilidade. Em cada cenário, uma cena é gravada. Tudo é feito e revelado ao mesmo tempo. Nenhuma ilusão é destruída, todas são transformadas. Em cena, 70 caixas de arquivo coloridas constroem um mundo de plástico onde nada é feito para durar. De dentro das caixas surgem questões sobre percepção, ideários de gênero, cidade e centros urbanos, cultura pop, coreografia e movimento. O Couve-flor – minicomunidade artística mundial é um coletivo, com número variável de integrantes, criado por artistas independentes da cidade de Curitiba, que estiveram envolvidos nas atividades da Casa Hoffmann, como bolsistas e também organizadores, criadores e curadores do Ciclo de Ações Performáticas. Também criaram o projeto Mostra Tudo, que aglutinou solos de sete artistas que se apresentaram em Curitiba, Araraquara, Belo Horizonte, Cascavel, Campo Mourão, Londrina e Porto Alegre – com apoio do prêmio Caravana Funarte de Circulação Sul-Sudeste. Local: Teatro.
Não recomendado para menores de 12 anos
R$ 12,00 (inteira); R$ 6,00 (usuário matriculado no SESC e dependentes, +60 anos, estudantes e professores da rede pública de ensino). R$ 3,00 (trabalhador no comércio e serviços matriculado no SESC e dependentes).
31/08. Sexta, 21h.
Santo Amaro

Ação terminal – Coletivo O12 (Votorantim –SP)
O mote desta performance é tornar público a importância de conceitos como: parceria, sustentabilidade, amizade e coletividade. Para comunicar essas ideias os bailarinos elaboram uma dança na qual os movimentos são co-dependentes dos parceiros em cena. Convivência. Grátis.
Livre para todos os públicos

01/09. Sábado, 17h.
Santo Amaro

Cavalo – Couve-flor (Curitiba – PR) e Tempostepegoquedelícia - Sala 209 – (Porto Alegre – RS)
Solo de Michelle Moura. "Cavalo" é a ambiguidade de quem move quem, o cavalo que move o cavaleiro, o cavalo que é movido pelo cavaleiro. Através de alterações no padrão respiratório, projeções visuais e a deformação da voz, ela é levada a mover-se em um espaço de alucinações e revela um corpo matéria atravessado por energias e pulsações distintas. Ela tem como meta abandonar por minutos a linguagem segura do dia-a-dia, ultrapassar a porta que dá acesso a realidades maleáveis, e transitar entre a instabilidade de estados físicos e emocionais. Ela pode ser patética, decadente, histérica, no fim o que a move é uma falta. "Cavalo" é sombrio, (neo) expressionista,“noise”, hipnótico. Tempostepegoquedelícia - Mônica Dantas, Luciano Tavares, Élcio Rossini e Eduardo Severino. O trabalho desenvolve-se a partir de questões de gênero e sexualidade, propondo borrar as encarnações do feminino e do masculino, misturando marcadores de gênero e levando à cena sexualidades provisórias. Vestes hieráticas, mulheres com falo, homens em tubinho e decote sexy, coletes de pele, cueca e calcinha vermelhas e corpos nus interrogam, com humor, a falocracia que marca as relações interpessoais na cultura brasileira, e que acaba encontrando reflexo na nossa arte. O trabalho quer oferecer ao espectador a oportunidade de desfrutar da ambiguidade da carne, sem receio de ser pego em flagrante delito de voyeurismo. O trabalho teve uma pré-estreia em abril de 2012 na Sala 209 na Usina do Gasômetro em Porto Alegre e estreia no dia 21 de abril de 2012 em Santiago/Chile no Festival Internacional de Artes Cênicas e Transdiciplinaridade/Fidet . Em Porto Alegre, inicia sua temporada em 30 de junho de 2012. Local: Teatro.
Não recomendado para menores de 14 anos
R$ 12,00 (inteira); R$ 6,00 (usuário matriculado no SESC e dependentes, +60 anos, estudantes e professores da rede pública de ensino). R$ 3,00 (trabalhador no comércio e serviços matriculado no SESC e dependentes).
01/09. Sábado, 21h.
Santo Amaro

Menu de heróis - Núcleo do Dirceu (Teresina – PI)
Trabalho para público infantil. Isopor com chuteira, garrafa com balão, luva com caixa de papelão, realidade e ficção. Afinal, o que é a realidade? É onde ficam todas as coisas que existem? Então se a gente puder mudar a realidade, nem que seja só por um momento, isso é coisa de herói? E se você tivesse que inventar um novo herói, como seria? Estas perguntas foram o ponto de partida da pesquisa coreográfica, que teve sua etapa inicial realizada em 2010. Espaço das Artes.
Livre para todos os públicos
R$ 12,00 (inteira); R$ 6,00 (usuário matriculado no SESC e dependentes, +60 anos, estudantes e professores da rede pública de ensino). R$ 3,00 (trabalhador no comércio e serviços matriculado no SESC e dependentes).
01/09. Sábado, 16h.
Santo Amaro

Movasse: Coletivo de criação (Belo Horizonte – MG)
MOVASSE é um coletivo de criação que visa manter o trânsito livre de pessoas, informações e ideias. Surge no cenário da dança contemporânea para agregar pensamentos, na tentativa de reunir e praticar ideias sobre o movimento. Tendo na sua raiz a diversidade, não há o receio de cair ou fugir de tendências, ou até mesmo de encontrar uma determinada linguagem. Contudo, visa proporcionar um lugar de reflexão e porto seguro para a realização de propostas artísticas inusitadas. Sediado em Belo Horizonte – Minas Gerais, mas com os olhos voltados para a cultura brasileira, seus idealizadores são Carlos Arão (PB), Andréa Anhaia (PE), Ester França e Fábio Dornas (ambos de MG). Dançarinos com diferentes formações, informações e influências, mas unidos por uma afinidade artística: o movimento. Dessa forma, MOVASSE é um espaço aberto para diferentes formas de pensar a dança, além de ser um lugar de discussão, debate, pesquisas teórica e corporal. É voltado para aqueles que querem aprender, ensinar ou doar para a dança contemporânea algo de próprio, sem determinismos e fugindo de rótulos pré-estabelecidos. Abre discussões, não fecha caminhos. Desmistificando o corpo e trazendo a dança para o mais perto e possível para as pessoas. Convivência. Grátis.
Livre para todos os públicos

02/09. Domingo, 17h.
Santo Amaro

What can I do, Jacob Alves & Bebel Frota e Protetor Solar, de Janaina Lobo - Núcleo do Dirceu
(Teresinha - PI) - What can I do - O espetáculo é uma reflexão em torno do erotismo feminino e desconforta o espectador pouco habituado à percepção de estereótipos que sustentam os ideais da beleza corporal hoje em expansão. O silicone, a “loirificação”, o botox, o culto à anorexia e os rebolados excessivos nos programas de tevê. A obra retoma a ideologia de uma “liberação do corpo”, dos anos 1960-1970, quando a exposição e a sexualização do corpo feminino indicavam um posicionamento revolucionário. Hoje essa exposição virou critério de aceitação e o cunho subversivo aí embutido se perdeu na linha do tempo. O que antes era exceção tende a virar regra. O que fazer diante desse cenário? Protetor Solar - Como viver numa cidade que é quadrada, geográfica e metaforicamente? Que é quente, azul celeste e marrom. É sempre viver e estar na contramão, nadando contra a correnteza, criando um outro fluxo, gerando surpresas no meio do caminho. Tudo aqui é arranjado, é quase, é copiado, é torto. E não deixa de ser bonito. Isso afeta o modo como eu vejo o mundo. O corpo tem o sotaque do lugar de onde ele é. Espaço das Artes.
Não recomendado para menores de 14 anos
R$ 12,00 (inteira); R$ 6,00 (usuário matriculado no SESC e dependentes, +60 anos, estudantes e professores da rede pública de ensino). R$ 3,00 (trabalhador no comércio e serviços matriculado no SESC e dependentes).
02/09. Domingo, 18h.
Santo Amaro

palestras

Conversa sobre autonomia – Coletivo O12 (Votorantim –SP)
É um curso desenvolvido pelo Coletivo O¹² para compartilhar a pesquisa teórica desenvolvida pelo grupo, com textos, projeções de slides e vídeos. O curso desenvolve uma noção sobre o conceito de autonomia e de sua implicação nas práticas artísticas. Com eixo central na discussão de economia criativa o curso se dedica a problematizar esse conceito e torná-lo cada vez mais público na área da dança. Sala de Oficinas. Grátis.
Não recomendado para menores de 14 anos

02/09. Domingo, 14h.
Santo Amaro
Fonte: Coletivo Lugar comum (silvinha Góes).

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Companhia Fiandeiros de Teatro apresenta


Noturnos



O espetáculo resulta de uma pesquisa sobre invisibilidade social e traz para a cena três fragmentos de dramaturgia que dialogam, de maneira poética, com as várias situações vivenciadas pelos atores durante o processo de estudos sobre o universo dos moradores de rua.

A peça encerra sua temporada em Recife no próximo domingo. 
Em seguida segue em turnê por diversas cidades do Brasil. Niterói, Rio de Janeiro, São Paulo e Curitiba são algumas das cidades visitadas no mês de setembro.

Em seus nove anos de existência, a Companhia Fiandeiros de Teatro vem desenvolvendo pesquisas e realizando trabalhos acerca da obra de autores pernambucanos. Ao longo dos anos, criou um repertório de espetáculos com base em estudos no campo da poética, da dramaturgia pernambucana, da musicalização e dos desdobramentos da interpretação do ator.

Seu novo espetáculo, Noturnos, é resultado de nove meses de intensa pesquisa e levanta discussões sobre a condição humana existente, não apenas no universo das ruas em suas várias instâncias, mas também numa sociedade regida cada vez mais por uma banalização do consumo. Três quadros compõem a peça: O presente, A cura e Salobre. Em cada quadro é possível identificar as referências relativas aos temas: violência, sexualidade, solidão e ociosidade, que foram identificados nas entrevistas e nas vivências dos atores em seu contato com as ruas e seus moradores. O título da peça,Noturnos, faz referência a esses seres que ressaltam nas ruas à noite, quando a cidade esvazia, e também faz referência ao tipo de designação musical que remete a reflexão, a um estado taciturno da alma.

“A cena de Noturnos é a representação dos escombros de uma sociedade doente em seus delírios de consumo, em suas neuroses e na sua solidão. A visão do homem contemporâneo como reflexo de sua incapacidade em ver a si mesmo, incapaz de perceber suas ruínas interiores e o desmoronamento de sua própria condição de humanidade.”
Diz André Filho, Diretor e autor da peça


Ao longo dos seus 09 anos de existência, a Companhia Fiandeiros de Teatro vem desenvolvendo um repertório de espetáculos com excelente repercussão. Além da formação teatral, seus integrantes também desenvolvem trabalhos no campo da Arte-Educação, das Artes Plásticas, da Música, da Dança e da Gestão Cultural. Em seu repertório figuram premiados espetáculos, como “Vozes do Recife - um concerto poético”, “O Capataz de Salema” e “Outra Vez, Era Uma Vez...”.

No próximo dia 03 de agosto Recife poderá prestigiar mais um trabalho dessa companhia de pesquisa, que agora traz para a cena o seu mais recente trabalho de investigação cênica. Noturnos fica em cartaz até domingo, dia 26, comemorando os nove anos da Companhia e os três anos do Espaço Fiandeiros, na Rua da Matriz, nº 46, 1º andar.

FICHA TÉCNICA
Texto e Direção: André Filho
Elenco: Daniela Travassos, Karine Gaya, Jefferson Larbos, Manuel Carlos e Samantha Queiroz.
Sonoplastia: André Filho/Charly Jadson
Execução de luz: Gabriel Santos
Direção de Arte: Manuel Carlos
Direção de Produção: Daniela Travassos
Produção executiva: Renata Teles
Assessoria de Imprensa: Moretti Cultura e Comunicação


SERVIÇO
Espetáculo: Noturnos
Texto e direção: André Filho
Local: Espaço Fiandeiros (Rua da Matriz, nº 46, 1º andar)
Dias: A temporada segue até 26 de agosto, com apresentações aos Sábados e Domingos
Horário: 18h.
Fone: 41412431
Ingressos: R$ 20,00 (inteira) e R$ 10,00 (meia)

Informações complementares: Fiandeiros, a Cia


A Companhia Fiandeiros de Teatro iniciou seus trabalhos em 2003, tendo como foco o estudo do Teatro para Infância e Juventude. Formada por músicos, atores, artistas plásticos e arte-educadores, a Companhia procura mesclar em seus trabalhos, a harmonia dos elementos de cena a partir da linguagem trazida por cada um de seus componentes.

Como fruto de sua primeira pesquisa surgiu o texto Outra vez, era uma vez...., escrito por André Filho, que em 2004 obteve o 2º lugar no Prêmio Funarte de Dramaturgia- Região NE, na categoria Teatro para infância e juventude. No mesmo ano, o grupo se dedica à montagem do espetáculo Vozes do Recife - um concerto poético. A pesquisa teve como norte a obra de cinco poetas pernambucanos: Ascenso Ferreira, João Cabral de Melo Neto, Joaquim Cardozo, Manuel Bandeira e Carlos Pena Filho.  Com esse espetáculo, participou de diversos Festivais e Eventos, excursionou pelo interior de Pernambuco e em janeiro de 2005, recebeu os prêmios de melhor espetáculo e melhor direção para André Filho, na mostra paralela do Festival Janeiro de Grandes Espetáculos.

Ainda no mesmo ano, o Grupo se dedica a uma nova pesquisa, a convite do Centro Cultural Benfica, espaço vinculado a UFPE, sobre a dramaturgia de Joaquim Cardozo através da realização da leitura dramatizada da Peça: O Capataz de Salema. A pesquisa prosseguiu para dar vida à montagem do mesmo espetáculo, cerca de dez meses depois. Após cumprir temporada em Recife, o Capataz de Salema, através da Caravana Funarte de Teatro, realizou curtas temporadas em quatro capitais do Nordeste. Ainda com o Capataz de Salema, a Companhia recebeu os prêmios de Melhor Cenário, Melhor Iluminação e Melhor Ator Coadjuvante (Manuel Carlos), no Festival Janeiro de Grandes Espetáculos, e os prêmios de Melhor Iluminação e Especial do Júri para o Coro de Parcas, no Festival de Teatro do Rio de Janeiro.

Dando continuidade ao primeiro estudo iniciado pela Companhia sobre a linguagem do teatro para infância e juventude, a Companhia Fiandeiros no ano de 2008 estréia a montagem do texto,. A peça, que foi inicialmente pensada para ser o ponto de partida da Companhia, acabou por comemorar os cinco anos de atividade artística do Grupo, fazendo temporadas na cidade do Recife e participando de diversos Festivais no Nordeste. O espetáculo foi o grande premiado do Festival Janeiro de Grandes Espetáculos realizado em janeiro de 2009, no qual, após concorrer a nove categorias, ganhou os prêmios de melhor cenário, melhor maquiagem, melhor trilha sonora, melhor figurino, melhor diretor, melhor espetáculo e especial do júri como estímulo a dramaturgia para infância e juventude. No mesmo ano, a Companhia Fiandeiros recebe o prêmio Myriam Muniz de Teatro para a realização do projeto: Fiandeiros Repertório, que levou à cena os três espetáculos da Companhia, além da realização de oficinas, palestras e debates.

Ainda em 2009, o espetáculo Outra Vez, Era Uma Vez..., é convidado pela curadoria do Festival Recife do Teatro Nacional para ser o represente de Pernambuco na categoria Teatro para Infância no Festival. Em 2010 a Companhia Fiandeiros, em parceria com o Sindicato dos Artistas – SATED, abre em sua sede (inaugurada em Julho de 2009) a Escola de Teatro Fiandeiros, com 01 ano de duração e 14 disciplinas profissionalizantes na área de Teatro.  No mês de maio recebe o incentivo do Governo do Estado, através do FUNCULTURA, para dar início à sua nova pesquisa: Paralelas do Tempo- A Teatralidade do “não ser”, que realizou estudos acerca dos moradores de rua da cidade do Recife, com duração de 10 meses. Nesse período, a Companhia mergulhou no universo dos moradores de rua, e a partir deste mergulho surgiram três fragmentos de dramaturgia: O PRESENTE, A CURA e SALOBRE, gerando assim o embrião do seu quarto trabalho, o espetáculo: Noturnos, que fez sua estréia em outubro de 2011 e participou da Mostra Capiba, em Recife e dos Festivais de Artes Aldeia Yapoatan (Jaboatão – PE) e Aldeia Olho D’Água dos Bredos (Arcoverde-PE), todos realizados pelo SESC Pernambuco.

Em 2012 participou do Festival Janeiro de Grandes Espetáculos, no qual recebeu as indicações de melhor ator e atriz coadjuvante (Manuel Carlos e Daniela Travassos) e foi agraciado pelo Prêmio Funarte de Teatro Myriam Muniz para circular pelas cidades do Rio de Janeiro, Niterói, São Paulo e Curitiba. Em Agosto de 2012 o Espetáculo Noturnos realizará sua primeira temporada no Espaço Fiandeiros, comemorando os três anos do Espaço Fiandeiros e os nove anos da Companhia Fiandeiros de Teatro.

Fonte: André Moretti (moretti.moretti@gmail.com)

sábado, 18 de agosto de 2012

Reportagem especial- NELSON RODRIGUES-última parte:



Nelson Rodrigues.
Iago nasceu apressado. Não esperou fazer um quilo. Saiu do corpo da mãe quando seus pulmões, olhos, unhas, intestinos e coração eram alguns gramas. Na verdade, tudo em Iago era pouco, muito pouco: no total, o menino tinha 890 gramas quando inaugurou-se entre nós. "Prematuro extremo" seria a primeira classificação que ele receberia na vida. Sua chegada mudou tudo, tudo era antes, e antes eram o pai e a mãe esperando pelo bebê e fazendo as coisas de todo dia. Uma delas: Rennata saía de Caruaru e ia buscar Marlos no aeroporto, em Recife. Passavam, como sempre, a noite na cidade. Mas naquele dia foi diferente: Rennata começou a doer. Voltaram para o agreste e o incômodo foi aumentando. Não devia ser nada demais, mas mesmo assim foram ao hospital. Um remédio para passar a cólica, retornaram para casa, ver filme, jantar, conversar, dormir, as coisas de sempre. Acontece que não era dia de nada demais. A dor aumentou, muito, e, no banheiro, Rennata viu o sangue. Eram três da manhã. Ligaram para um médico, não atendeu, depois outro, atendeu, mandou o casal para um hospital. Era mesmo parto prematuro, o bebê só com cinco meses e meio. Enviaram Rennata para a capital, a criança teria que ir para a UTI neonatal. No dia 27 de março de 2010, às 10h59 da manhã, com apenas 25 semanas na barriga da mãe, Iago chegou. Os pulmões minúsculos receberam corticoides para que amadurecessem artificialmente e recebessem oxigênio. Os olhos, unhas, intestinos, coração cresceriam dentro de uma incubadora durante os próximos seis meses que o menino passaria ali. Quando saiu, quando parecia que seria finalmente a casa, os avós, as visitas, os presentes, voltou em apenas 12 dias. Foram mais quatro meses convivendo com agulhas, médicos, balanças, exames.
O que aconteceu durante esses dez meses quase interruptos entre uma UTI e um quarto de hospital tornam Iago um espanto, uma inspiração, um herói, um incrível, um milagre. Seu corpo minúsculo passou por 12 cirurgias necessárias para adequá-lo à vida. Desde que Iago nasceu, Rennata encerrou a conta com o mundo exterior para dedicar-se ao filho e à espera. Sua casa também passou a ser o hospital, seus amigos os médicos e enfermeiros. A fala tornou-se repleta de termos específicos da medicina. Estava com medo, achou que um bebê tão pequeno não sobreviveria. Ao lado do medo, tinha na mente o casamento de mais de quarenta anos dos pais, os cinco filhos de seus dois irmãos, o tipo de felicidade que queria para ela. Tinha na mente, principalmente, o amor e a confiança de Marlos, seu marido. Ele precisou continuar a trabalhar e ia entre três e quatro vezes por semana até o hospital. Rennata saiu de Caruaru e se instalou no Recife. Trouxe de casa uma pequena parte do enxoval que já estava totalmente comprado: tinha as roupas de saída da maternidade, as mamadeiras, as lembrancinhas para quem fosse visitar seu primeiro filho. Quase tudo se perdeu, já que bebês internados em UTIs vestem-se apenas com fraldas descartáveis, sapatos e luvas.
Chegava ao hospital todos os dias às 7h da manhã e saía às 23h. Estava lá quando Iago passou por cada uma das três cirurgias realizadas no nariz, que, imaturo, não tinha passagem adequada para fazer o bebê respirar. Estava lá quando ele foi submetido a uma cirurgia para correção da retinopatia da prematuridade, que serviu para garantir a saúde da retina. Sem o aparelho digestivo formado, o bebê passou os primeiros meses se alimentando através de uma sonda nasoenteral (do nariz até o duodeno). Com quatro meses de vida, fez uma gastrostomia, uma incisão realizada na altura do estômago, por onde seria mais fácil alimentá-lo. Iago também precisou passar por um procedimento cirúrgico para deter o refluxo gastroentestinal. Tinha 2,8 quilos, então. As várias intervenções obrigaram o bebê a receber sangue semanalmente, às vezes a cada três dias. Rennata e Marlos passaram a buscar continuamente doadores para repor o estoque do banco de sangue. As transfusões eram necessárias por causa da anemia: a medula de Iago era jovem demais para produzir as células sanguíneas na velocidade que ele precisava. O sangue externo tinha outra função: ajudava nas trocas respiratórias. O ar – a falta dele, aliás – era um dos maiores assombros enfrentados. Iago sofreu dezenas de paradas respiratórias, várias em um mesmo dia, no período em que esteve internado. Com o tempo, o maior medo dos pais não eram apenas as paradas, mas a duração de cada uma delas, já que a falta de oxigênio compromete, às vezes de maneira irreversível, o cérebro. Outro temor foram as cinco cirurgias para a colocação de um cateter venoso central: depois de tantos procedimentos, Iago já não possuía veias disponíveis para os medicamentos e as transfusões. Durante quase todo tempo, o bebê estava entubado.
Em várias ocasiões, Rennata se isolava. Não atendia telefonemas, não retornava recados. Preferia se calar: o desgaste, a necessidade de repetir várias vezes o que estava acontecendo, como estava o filho, o que esperar, o que dizer, consumia. Precisava estar inteira para cada nova reação de Iago, do pequeno corpo de Iago, ao mundo exterior. Conseguiu manter-se durante quase todo o tempo. Mas houve um dia que não. Estava chegando para mais um dia de plantão ao lado do filho, lavava os mãos, quando o celular tocou. Pediram sua presença urgente. Rennata foi informada que Iago, tinha só dois meses e o peso caíra para 700 gramas, contraíra uma infecção generalizada, a temida septicemia, quando o sangue é tomado por bactérias. Marlos também foi ao hospital e sentiu o mesmo medo de perder ali seu segundo filho (é pai de uma menina de dez anos, fruto do primeiro casamento). O médico plantonista chamou o casal e, pela primeira vez em dois meses, autorizou os dois a abrir a incubadora e tocar o bebê. Era a licença para uma despedida. Rennata passou um longo tempo acariciando o filho. Saíram dali para passar a noite na sala de espera aguardando a notícia ruim. Pela manhã, o médico retornou. Contou: "Eu não sei explicar como, mas o filho de vocês está vivo".
Depois de passar seis meses na UTI, Iago foi conduzido a um quarto normal. Havia passado o período máximo permitido na terapia intensiva. Estava bem, com cerca de cinco quilos, apesar de ainda se alimentar através da sonda. As paradas respiratórias eram uma realidade, e, por isso, quando o bebê finalmente teve alta, Rennata e Marlos já sabiam realizar a massagem cardiorrespiratória. Também aprenderam a aspirar o nariz o filho, tarefa que era realizada durante várias vezes ao dia. Quando Iago saiu do hospital, não foi para um quarto decorado apenas com motivos infantis: no espaço verde e branco que seria seu segundo lar após o início da vida em um centro médico, foram colocados cilindros de oxigênio, aspiradores nasais, nebulizadores, balanças eletrônicas, chão emborrachado. Era uma reprodução um pouco mais afetuosa do que o lugar asséptico que ele conhecera até então. Acompanhada da mãe, Rennata passou a estabelecer uma rotina. Ela própria fazia a comida do filho, que se alimentava a cada 3 horas através da gastrostomia e dependia de cilindros de oxigênio. "A casa não dormia. Eu não dormia, meu marido muito pouco porque tinha que trabalhar no dia seguinte. Sempre tinha alguém de vigília." Quatro técnicas em enfermagem acompanhavam o garoto, duas durante o dia, duas durante a noite. Todos, técnicos e família, se revezavam no momento de dormir. No 12º dia em casa, durante um banho, em um sábado, o bebê parou de respirar. Uma técnica reanimou a criança. A família, acostumada às várias paradas na UTI, decidiu observar o garoto, sem levá-lo ao hospital. Mas, no domingo, Iago teve outra parada, mais demorada. Sem a companhia da enfermeira que reanimara seu filho no dia anterior, Rennata e Marlos precisaram massagear o bebê. Conseguiram trazê-lo de volta. Não tiveram dúvidas: voltaram para a UTI pediátrica.
No hospital, as paradas respiratórias continuaram, o que levou os médicos a procurarem mais uma vez o médico que havia operado o nariz do bebê – havia a possibilidade de traumas nos dutos nasais por conta das aspirações que eram feitas em casa. Um dos lados do nariz estava obstruído, levando a equipe a decidir por uma nova cirurgia. O otorrinolaringologista sugeriu uma traqueostomia (quando é feito um orifício da tranqueia para passagem de um tubo de ar). Rennata e Marlos não concordaram. "Se tivesse sido feita, provavelmente Iago nunca teria saído do oxigênio e ficaria dependente de hospital-residência para o resto da vida. Para nós, só seria feita se a opção fosse morrer ou fazer." A pediatra que acompanhava Iago, Rosângela Grizzi, também não concordou com o procedimento. Iago seguiu para a sala de cirurgia para realizar a desobstrução no nariz. Duas horas depois, os pais foram informados que a cirurgia estava suspensa: a anestesista tentara mais de 20 vezes encontrar uma veia para aplicar o medicamento, sem sucesso. Seria necessário chamar o cirurgião pediátrico para pegar nova veia central – uma cirurgia antes da cirurgia. Enquanto Iago aguardava uma nova intervenção em seu corpo (estava com cerca de seis quilos), uma neurocirurgiã que visitava um paciente internado no mesmo hospital encontrou a pediatra e perguntou que tipo de problema Iago enfrentava. Falou que seu marido era cirurgião de cabeça e pescoço e podia examinar o bebê, que poderia operá-lo a laser, com bem menos traumas, já que o nariz não precisaria ser cortado. Iago foi transferido para outro hospital e lá foi submetido a mais uma intervenção.
Saiu da sala com duas próteses nasais (semelhantes a tubos dentro do nariz) que impediriam novo fechamento das cavidades. Passaria um ano com elas. "As aspirações agora seriam mais difíceis porque teriam que ser feitas dentro dos tubos e, se fosse feita sem cuidados, causaria traumas no nariz .O tubos poderiam sair durante o processo." Tantas intervenções, indas e vindas, além de um histórico pesadíssimo para um bebê nascido aos cinco meses fizeram com que Iago pegasse outra violenta infecção. Passou a ser tratado com antibióticos e ganhou muito líquido, que deixaram seu corpo totalmente inchado (seu peso subiu quatro quilos). Nesse momento, ele usou uma sonda para urinar: não conseguia expelir o líquido normalmente. Quando o bebê venceu – novamente – as bactérias que tomaram seu organismo, uma pneumologista pediu uma tomografia nos pulmões. Além de uma broncodisplasia, problema comum em crianças que necessitam respirar artificialmente, o laudo detectou uma estenose de veia cava superior, o fechamento de uma das veias do coração.
Um cirurgião vascular viu a estenose e solicitou uma arteriografia. Iago, que estava entubado, precisou fazer nova cirurgia, um balonamento na veia cava, que abriu 80% da passagem. Foram mais 30 dias internado. Nesse período, a família do bebê ficou instalada em um dos apartamentos do hospital a pedido da médica. O estado delicadíssimo da criança não agradou parte dos profissionais que cuidavam dos pacientes. "Tivemos que enfrentar a resistência deles, que não queriam receber um paciente na ala usando oxigênio e sendo aspirado. A maioria dos pacientes vinham do pós-cirúrgico, passavam poucos dias ali. Mas tudo era mais difícil para nós. Sentimos uma certa rejeição porque Iago dava muito problema." Depois de várias semanas ali, depois de festejarem baixinho, no hospital, o Natal e o Ano Novo, depois de um mês vivendo naquele lugar que já se tornara endereço, Iago e seus pais foram para casa. Foi uma despedida memorável: toda a equipe havia se afeiçoado à família. Pediam para que não fossem embora.
Na residência (temporariamente localizada em Recife), ocuparam novamente o quarto-hospital montado anteriormente. Dependiam de muita gente: fonoaudiólogos, fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais atendiam Iago duas vezes por dia cada um. Era preciso contar ainda com vários técnicos de enfermagem, alguns deles chegando na casa à noite para enfrentar um terceiro turno de trabalho. "Gente que tinha três empregos e ia praticamente para dormir", conta Rennata. Dois meses depois, ela e Marlos decidiram, com o consentimento da médica, que iam começar a desligar o oxigênio aos poucos - Iago já usava a quantidade mínima. Pouco depois o menino passava todo o dia sem o ar engarrafado, só usando-o à noite. "Depois montei uma vigília e ficava acordada olhando ele para poder desligar o oxigênio também à noite. Em março, ele saiu por completo."
Foram mais 6 meses em Recife. No dia 16 de julho de 2011, a pediatra dispensou toda a estrutura do home care. A família voltou no mesmo dia para Caruaru. Rosângela acompanhou Rennata, Marlos e Iago até a cidade. "Nessa situação, ela não era apenas uma médica pra nós. Transformou-se numa grande amiga e é madrinha de Iago." Toda família foi recepcionar a criança: levaram cartazes, balões. Era uma festa para celebrar o menino. Atualmente, Iago é acompanhado por um pediatra uma vez ao mês ou a cada dois meses. Vai a um oftalmologista uma vez ao ano, outra vez ao cardiologista . Também é atendido uma vez por ano por um neurologista e a cada três meses por um ortopedista. Tem terapeuta ocupacional uma vez por semana, fisioterapeuta duas vezes por semana e fonoaudióloga três vezes por semana. Quase anda, está começando a falar. Grita "Ma!" quando vê Rennata, sorri quando corre para o encontrar o pai. Tem uma energia imensa e, quando sai para passear, quer ganhar o mundo todo. Iago, que nasceu apressado, que muda tudo quando sorri, que é lindo, que é muito danado, é um espanto. É uma inspiração, um herói, um incrível, um milagre. É só olhar para ele que fica fácil explicar. Iago está vivo.

Fabiana Moraes.

Fonte: JC On line