quarta-feira, 20 de julho de 2011







 

Coletivo Lugar Comum apresenta encontro de performances no FIG 2011

                O Coletivo Lugar Comum apresenta um encontro de solos, unindo diferentes linguagens, nesta quinta (21), às 17h, em Garanhuns, dentro da programação do FIG 2011. A ideia é mergulhar em vários ambientes Casa das Artes, entrelaçando as propostas artísticas de algumas das integrantes do Coletivo com o público presente. A entrada é gratuita.
                A mostra terá a participação da iluminadora Luciana Raposo e das bailarinas Liana Gesteira, com o trabalho Topografias do Feminino; Maria Agrelli, com Pé de Saudade e Silvia Góes, com a performance OSSevaO.

Coletivo Lugar Comum

O Coletivo Lugar Comum (PE) atua desde agosto de 2007, reunindo artistas de diferentes linguagens do Recife. Inquietos com as dificuldades da produção em dança e suas necessidades artísticas, de criação, aperfeiçoamento, troca com a sociedade, o grupo resolveu criar o Coletivo Lugar Comum. Juntos esses artistas se revezam, dando aulas uns para os outros, colaborando nas criações, na produção de projetos, na discussão de textos, entre outras atividades artístico-culturais.

Topografias do Feminino

Sinopse - A performance, criada pela bailarina Liana Gesteira em 2011, é uma investigação sobre gênero e identidade, que traz a tona uma reflexão da relação da mulher com o seu próprio corpo.

O corpo feminino como um território saturado de significados, sensações e simbologias. Um território habitado por heranças e narrativas. Uma topografia constituída com vulcões em estado de erupção, e também por espaços inabitados como um deserto. Um território que ecoa o som mais profundo de um abismo, ou a melodia mais singela de um riacho driblando as pedras em seu caminho. Constituído de carne e devires é o corpo-território feminino.
  
Pé de Saudade

Sinopse - Performance criada pela bailarina Maria Agrelli, que compartilha com o público a sensação da saudade, a memória que vira parte inextricável do próprio corpo. Um corpo-poesia, usando como metáfora uma árvore que deixa escorrer, doer, cair, respirar, em suas folhas-troncos-raízes, o movimento da vida. Deixar ir, desapegar, repartir, ficando enraizada a saudade, ela mesma o sentido de tudo. Um pé de saudade roxa se revelando aos poucos também dentro dos corpos que a tocam no caminho.
  
OSSevaO

Sinopse - Como libertar nosso corpo-palavra? Poetizar os sons, lapidar as letras até a rima primeira, indizível? Encontrar em meio aos garranchos acumulados no tempo aquele primeiro nome escrito antes da vida? Como reescrever outros textos livres nesse corpo já desertado, esvaziado, roubado de sua alma, desnudando sua densidade, textura, viscosidade, chegando ao outro como ele mesmo, arquétipo coletivo, totalmente despido e onde tudo cabe mais uma vez, exalando palavras invisíveis sem língua, liberando forças inconscientes que circulam à flor da pele? A performance proposta pela bailarina Silvia Góes é uma busca, um corpo que procura o seu avesso, proporcionando novas descobertas a cada contato, a cada encontro... Corpo não-eu, corpo tu, corpo nós, corpo sermos e não-sermos, gerundiando a lida.

Fonte : Silvinha Góes.

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